Pedro de Alcântara João Carlos Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança, nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, no dia 02 de dezembro de 1825. Foi o segundo e último Imperador do Brasil, governando a nação no período de 18 de julho de 1841 até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Em 30 de maio de 1843, casou-se com D. Thereza Christina, com quem teve 4 filhos: D.Afonso, D.Isabel, D.Leopoldina e D.Pedro Afonso.
Pedro II foi um dos principais responsáveis por trazer ao Brasil novações tecnológicas da época, como a fotografia e o telefone, além de ter inserido o Brasil nas principais Exposições Universais realizadas, no exterior, ao longo da segunda metade do século XIX.
Com a Proclamação da República e o consequente banimento da Família Imperial, Dom Pedro II exilou-se com a família na França e morreu em Paris, em 1891.
O Último Imperador do Brasil Dom Pedro II foi eternizado em seu leito de morte no Hotel Bedford em Paris pelo fotógrafo francês Paul Tournachon (1856-1939), conhecido como “Paul Nadar” Dezembro de 1891
As fotos do Imperador brasileiro foram realizadas a ocasião da morte do Imperador no quarto 391 do Hotel Bedford, em Paris onde o mesmo já se encontrava hospedado desde outubro junto com seu médico particular Mota Maia. Não se sabe ao certo a data da produção da foto, mas é possível inferir que a mesma ocorreu em algum momento entre os dias 05, data da morte em seu atestado de óbito e o dia 08, dia em que seu corpo foi levado para a Église de la Madeleine.
Reparamos na foto de Dom Pedro II, que acabara de completar 66 anos, fardado de Marechal do Exército, uma aparência de um ancião de mais de 80 anos, barbas e cabelos brancos, aspecto da pele enrugada, um semblante cansado, que fazem alusão a uma pessoa que passou por muitas perdas, traumas e percalços durante sua vida, principalmente nos dois últimos anos que viveu no exílio longe de sua terra, a qual tanto amava.
Vítima de Pneumonia os últimos dias de Dom Pedro II foram de sofrimento. No dia 4 de Dezembro dias após seu aniversário de 66 anos o Imperador caíra numa grande fraqueza física, e deixára de interessar-se por tudo quanto se passava em redor. Era um mau sinal. De fato, para a tarde desse mesmo dia, seu estado foi declarado desesperador. E no começo da noite, serenamente, sem
um gemido, ele entrava em agonia.
A cabeceira do leito modesto onde jazia, magro, o corpo comprido, as barbas muito brancas, empastadas sobre o peito, sua filha Isabel, Gaston, os netinhos, e alguns poucos dos ultimos fieis choravam em silencio o fim de sua vida
A noite, por volta das dez horas, êle teve um momento de consciência, justamente quando o cura da Igreja da Madalena lhe administrava a Extrema-Unção. Mas logo depois caía novamente em prostração. A respiração foi-se fazendo cada vez mais lenta e imperceptível
O genro de Dom Pedro, Conde D’Eu encontrou um pacote lacrado com terra trazida do Brasil e que continha um pedido a próprio punho do monarca que dizia: “É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria”, e que possivelmente também poderia estar compondo esta foto
A fotógrafia de Nadar inspirou o Escultor Henrique Bernardelli quando produziu o túmulo de Dom Pedro II na Catedral de Petrópolis onde foi enterrado em 1939
Fonte: A História de Dom Pedro II. Volume 3 o Declino. Heitor Lyra
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Secretaria Especial da Cultura
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