A vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covif-19, um das mais usadas em todo o mundo, deve conferir uma proteção ainda alta contra casos graves da doença se causada pela variante ômicron, variante com 50 mutações e classificada pela Organização Mundial da Saúde, com de risco muito elevado para o mundo, por ter a possibilidade de alcançar um escape vacinal.
Dados preliminares apontados em um estudo em Israel, país com vacinação ampla e que utilizou a Pfizer, mostra que a vacina é apenas ligeiramente menos eficaz na prevenção da infecção com a variante ômicron (90%) do que com a variante Delta (95%). Mas segue muito eficaz na prevenção de sintomas graves (93%), em especial para os vacinados com um dose de reforço.
“Há indícios de que os indivíduos totalmente vacinados contra o coronavírus, em seis meses ou com o reforço, também estejam protegidos contra a variante ômicron” disse o ministro da Saúde de Israle, Nitzan Horowit, que completou dizendo que “há espaço para otimismo”, em relação a nova variante.
O relatório apontado pela reportagem do The Jerusalem Post, importante jornal de Israel, apesar de mais mutações, a capacidade da variante de infectar é maior do que a do Delta, mas não tanto quanto temida, sendo cerca de 1,3 vezes maior.
“Dados preliminares, mas há espaço para um certo otimismo, pelo que estamos conseguindo observar até o momento. Mas mais dados precisam ser contemplados pra gente ter uma percepção melhor da situação”, avaliou no twitter, a biomédica, pós-doutora e professora Mellanie Fontes-Dutra, que trabalha com divulgação científica nas redes sociais.
O diretor executivo e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin, disse à Reuters que a vacina ai provavelmente oferecer uma forte proteção contra quaisquer casos graves de infecção pela variante ômicron. Os testes laboratorias da farmacêutica foram iniciados e resultados conclusivos deverão ser entregues nas próximas semanas.
“Acreditamos ser provável que as pessoas terão uma proteção substancial contra os quadros graves causados pela Ômicron”, disse Sahin, especificando que dificilmente aqueles imunizados com a Pfizer serão hospitalizados ou precisarão de cuidado intensivo.
“No meu ponto de vista, não há nenhum motivo para ficarmos particularmente preocupados. A única coisa que me preocupa no momento é o fato de que ainda há pessoas que não se vacinaram”, acrescentou.
Via: A Tarde
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