Apesar de sua designação, o G20 não inclui efetivamente 20 países, mas sim 19 nações e um bloco econômico, a União Europeia. Ele é considerado uma organização internacional que reúne as maiores e mais influentes economias do mundo.
O G20 teve sua origem em 1999 como uma resposta às crises econômicas internacionais que abalaram a estabilidade global. Essas crises incluíram a crise do México em 1994, a crise dos tigres asiáticos em 1997, a crise da Rússia em 1998 e, em menor escala, a desvalorização do real em 1998/99.
No último domingo, dia 10 de setembro, a Índia realizou uma cerimônia simbólica de transferência da presidência do G20 para o Brasil. O mandato rotativo terá seu início oficial em 1º de dezembro e se estenderá até novembro do próximo ano, coincidindo com a realização de uma nova cúpula do grupo, que ocorrerá no Rio de Janeiro.
Na reunião, foi consensualmente reconhecido que as emissões globais de gases de efeito estão desencadeando mudanças climáticas, perda de biodiversidade, poluição, secas, degradação do solo e desertificação, representando uma ameaça significativa à vida e aos meios de subsistência. Foi destacado que desafios globais, como a pobreza, a desigualdade, as mudanças climáticas, as pandemias e os conflitos, têm um impacto desproporcionalmente maior sobre mulheres, crianças e as populações mais vulneráveis.
Durante seu discurso, o presidente Lula reiterou que as três principais áreas de foco da Presidência brasileira serão: a luta contra a fome, a pobreza e a desigualdade; a transição para fontes de energia mais sustentáveis e o desenvolvimento sustentável abrangendo suas dimensões econômica, social e ambiental; bem como a reforma do sistema de governança internacional.
A temática do encontro enfatizou o que todos já sabemos: A sociedade moderna encara desafios socioambientais de escala global, incluindo o consumo excessivo de recursos naturais finitos e muitas vezes não renováveis, o que resulta em uma série de problemas, como a fome, a pobreza e as mudanças climáticas.
Diante de toda discussão mundial, apenas uma certeza: A sustentabilidade deverá evoluir de uma simples palavra para uma atitude concreta. Precisará transcender de um mero desejo para uma necessidade inegociável. Não temos mais escolha; o futuro não será viável sem a sustentabilidade.
Por: Advogada Dra. Monaliza Sales.
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