Atualmente não existe uma medida protetiva específica para homens na legislação brasileira. No contexto legal, as medidas protetivas são aplicadas principalmente para proteger mulheres em situações de violência doméstica. Entretanto, é importante inclinar um olhar para proteção e do cuidado com a saúde física e mental dos homens, ressaltando a necessidade de uma abordagem inclusiva na promoção da igualdade de gênero.
Na busca por uma sociedade mais justa e igualitária, é fundamental reconhecer a importância de proteger e cuidar de todos os indivíduos, independentemente de seu gênero. Embora, atualmente, as medidas protetivas estejam voltadas para a proteção das mulheres em situações de violência doméstica, é essencial desenvolver medidas para abranger a saúde física e mental dos homens, visando promover a equidade de gênero e fornecer suporte aos homens em diferentes aspectos de suas vidas em especial quando envolve seu par.
Homens também enfrentam desafios emocionais e precisam de um ambiente propício para compartilhar suas angústias e buscar apoio.
Promover espaços de escuta e acolhimento, bem como incentivar a busca por ajuda profissional, é fundamental para a saúde mental dos homens e evitar explosão de comprtamentoa motivados por estereótipos machistas.
Desconstruir padrões de masculinidade tóxica que podem afetar negativamente a saúde e o bem-estar dos homens em suas relações afetiva e familiar é fundamental para uma sociedade mais segura.
Promover uma visão mais ampla e inclusiva do que significa ser homem, encorajando a expressão emocional e o autocuidado.
E Embora não haja medidas protetivas específicas para homens há ferramentas de escuta e apoio a fim de barrar repetição de padrões historicamente enraizados na mente masculina, em especial de que a mulher é um
Objeto descartável quando ele quiser, e não quando a mulher define o fim.
Em uma sociedade verdadeiramente igualitária, é necessário ir além das medidas protetivas tradicionais, incluindo a escuta inclusiva resignificando traumas e promovendo a mudança de padrões. Embora a atual legislação não preveja medidas específicas para eles, onde é aplicável a legislação comum, é nosso dever estimular uma mudança cultural e social, onde homens se sintam à vontade para buscar apoio, expressar suas emoções e cuidar de sua saúde mental. Somente assim poderemos construir um futuro mais inclusivo e igualitário para todos e garantir de fato mais proteção as mulheres.
Por: Advogada Neila Mandias
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