Ao assumir o cargo em 29 de abril, com o afastamento de Jeferson Andrade (PP), o atual gestor, Jailton Santana, o Jailton Polícia (PTB), encontrou um quadro de absoluto controle e combate da pandemia do novo coronavírus em Madre de Deus, na Região Metropolitana a 63 km de Salvador, com nenhum caso e nenhuma morte.
De lá até hoje, 81 dias depois, ocorreram 7 mortes e 404 casos de covid-19, mudanças nos procedimentos, recursos e vai e volta.
Apesar desse avanço extraordinário, nem o prefeito nem a secretário de Saúde, Markus Fabrício Santil, sequer deram explicações à população de poucos mais de 21 mil habitantes que assiste atônita a inércia dos gestores.
Aliás, até mesmo a atualização dos boletins sobre a doença está atrasada. No site da Prefeitura o último boletim é de 16/07.
De acordo com o boletim da Sesab (Secretaria de Saúde da Bahia), Madre de Deus, que tem 21.093 habitantes, está entre as 10 cidades na incidência de casos por 100 mil habitantes. Os 404 casos representam 1,91% da população contra 1,62% de Salvador e 1,38% de Candeias.
Madre de Deus também está na relação de municípios com Toque de Recolher decretado pelo governador da Bahia, Rui Costa, além de restrições de funcionamento do comércio e do isolamento social.
O distanciamento social é considerado eficiente quando ao menos tem o apoio de 70% da população. À noite raríssimas cidades brasileiras, ou baianas, conseguem atingir o percentual de 30% de pessoas nas ruas. Em Madre de Deus, seriam necessárias 6,3 mil pessoas circulando no horário.
Deixe seu comentário