Ato foi marcado por emoção, revolta e pedidos de justiça.
Por: Daniele Oliveira
A população de Serrinha se reuniu na manhã de sábado (24/02) para protestar em ato público contra o feminicídio, crime que só tem crescido numericamente na cidade. O ato, que reuniu mais de 300 pessoas, saiu às 10hs da manhã da Praça Morena Bela, no Centro, e percorreu as principais ruas de Serrinha.
Ao longo da manifestação, diversas lideranças femininas, famílias e populares manifestaram seu repúdio contra as mais variadas formas de violência que têm como alvo as mulheres. Em ato simbólico, mulheres parte da manifestação se deitaram no chão para figurar as vítimas da violência machista, em geral, praticada por maridos, namorados e companheiros.
Daiane Reis +
Para além de uma cobrança geral por punições mais efetivas e prevenção contra o feminicidío, o ato buscou homenagear e pedir justiça para duas vítimas recentes da cidade: as jovens Daiane Reis e Ana Paula Conceição. O momento, marcado por emoção e revolta, ficou na memória de muitos serrinhenses.
Para a reportagem do Bahia Notícia, Rubem Mota, pai da jovem Daiane, assassinada em 17.12.2017, pelo próprio marido, destacou a importância do movimento: “É importante a gente fazer um manifesto deste não só porque aconteceu com minha filha mais sim por causa de todas as vítimas, que a gente comova esse júri, e que ele não deixe que esse crime passe impune”, ressaltou. Muito emocionada, a irmão de Ana Paula Conceição, apenas clamou “por justiça”.
Além de militantes do movimento feminista e de mulheres, o ato também contou com a presença de autoridades locais, como as vereadoras Mariana Cunha, Edilene Ferreira, Deca da Bela Vista e José de João Grilo. O vice-prefeito local, Berg Aragon, destacou que “esta caminhada não se restringe às vítimas de feminicídio apenas em nossa cidade, mas de todo o país”, disse. Além do vice-prefeito, o ex-prefeito e atual assessor especial do governador Rui Costa (PT), Osni Cardoso, também marcou presença.
Feminicídio
Segundo a lei 13.104/15, os homicídios envolvendo mulheres são considerados feminicídios quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher. As motivações do feminicídio mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade do homem sobre a vítima do gênero feminino.
Por: Daniele Oliveira e fotos: Thiago Souza
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