Há pouco mais de 02 meses desde que foi reaberto em ato histórico protagonizado pelo prefeito eleito, Dr. Pitágoras, o Posto Luis Viana, um dos mais antigos de Candeias, representou um avanço na forma de oferta de saúde pública no município. Desde 2014, quando foi transformado pela gestão de Sargento Francisco em uma “multiclínica”, a única opção daqueles que precisavam do serviço público era recorrer à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Bairro Ouro Negro, cujo acesso era restrito às famílias de baixa renda e que não dispunham de veículo próprio.
Dadas as condições descritas, a reabertura do Posto Luis Viana em seu espaço de origem trouxe grande prestígio ao novo governo, afinal, sua reabertura foi uma das principais propostas a alavancar a plataforma de campanha do Dr. Pitágoras e sua base de vereadores. No entanto, uma visita do Bahia Notícia na manhã da última segunda-feira (20/02) mostrou que a unidade acumula avanços, mas também desafios.
A capacidade de atendimento do Posto foi um dos primeiros aspectos observados pela reportagem do BN. De acordo com o observado, o Posto hoje dispõe de 3 médicos, 3 enfermeiras e 8 técnicas de enfermagem. Apesar da demanda crescente, os pacientes entrevistados garantiram que não têm saído da unidade sem atendimento, como diz dona Lúcia, 64 anos: “Já vim aqui duas vezes trazer meu neto, com inflamação na garganta e febre. Fomos bem atendidos”, declara.
Segundo a coordenação de enfermagem do Posto, a reabertura trouxe maior qualidade ao atendimento, já que melhorou os termos da própria relação entre funcionários e pacientes. “A distância e demora devido ao deslocamento pode decidir o destino de uma vida. Ao ter uma unidade de pronto atendimento próxima de si, as pessoas ficam mais aliviadas, lidam melhor com os funcionários e vice versa”, explica.
Os médicos da unidade também ainda estão aguardar a regularização dos salários, cujo repasse fora interrompido ainda no governo de Sargento Francisco. Segundo informaram, desde que chegou ao poder o novo governo buscou regularizar as condições de pagamento do mês de dezembro, mas a categoria ainda aguarda o pagamento de janeiro e fevereiro.
A Secretaria de Saúde do município diz estar trabalhando para promover a devida reestruturação da Unidade, recompondo os equipamentos necessários para atender a demanda pública por saúde, dado o cenário de crise e desemprego. “As pessoas estão desempregadas, sem condições de pagar os planos de saúde e recorrendo à iniciativa pública. Temos que estar preparados para isso e é exatamente o que estamos buscando fazer”, afirmou funcionária da SESAU.
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