A gagueira surge sempre na infância, entre os primeiros anos que a criança estar na aquisição da linguagem, sendo bastante frequente o aparecimento da disfluência infantil.
A disfluência infantil, tem recuperação espontânea e diminui logo com o desenvolvimento da linguagem, já a gagueira infantil surge na mesma época da disfluência e apresenta características semelhantes.
Muitas crianças que tem gagueira quando detectadas e tratadas precocemente podem não apresentar a gagueira na vida adulta.

A Gagueira é o distúrbio mais comum da fluência, apresentando repetições de palavras, alongamentos e bloqueio de sons.
Podemos encontrar também a Taquifemia que é um distúrbio da fluência, que compromete a velocidade da fala. Ouvimos muito no consultório “Eu falo tão rápido que atropelo as palavras e a outra pessoa não entende”.
A pessoa que gagueja sofre discriminação, preconceito e falta de paciência do outro em esperar sua fala.
Muitos pensam que estão ajudando quando dizem: “calma, respire fundo, pense e fale “.
Não ajuda!
Interrompe a fala e bloqueia ainda mais o discurso.
Muitas perguntas surgem, uma delas é
porque o gago não gagueja durante o canto,
quando recita ou fala algo decorado?
Durante o canto não há necessidade de fazer o processamento da fala, como a letra já está pronta, basta apenas repetir, isso inibe a gagueira pois ela costuma aparecer durante as informações novas.

Existem linhas de tratamento que minimizam os efeitos da gagueira.
Um grande erro é a frase “espera que passa”.
Qualquer alteração na fala deve ser avaliada, para possivelmente ser desenvolvido um planejamento terapêutico, adequando e desenvolvendo uma fala fluente.
Cristiane Sena
Fonoaudióloga
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