Uma controvérsia acalorada tomou conta da política em Entre Rios, Bahia, após um vídeo divulgado pelo vereador Neto Madeirol contestar as alegações do prefeito Manoelito Argolo Argolo Júnior sobre um suposto bloqueio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
No vídeo, Neto Madeirol acusa o prefeito de “distorcer a informação para criar uma falsa sensação de crise”, alegando que os valores apontados por Manoelito como bloqueados são, na verdade, “descontos para abater parcelas de dívidas de INSS e tributos”. Ele ressalta que esses valores são automaticamente descontados do FPM e transferidos diretamente aos fundos de saúde e educação do próprio município.
Madeirol exibe extratos oficiais de repasses do FPM ao município, demonstrando que os valores destacados pelo prefeito como bloqueios são, na verdade, deduções para pagamento de dívidas. Ele afirma que o FPM do dia 10 de outubro não foi zerado e que o município chegou a receber mais de 300 mil reais nesse dia.
Ainda no vídeo, Madeirol expõe que a manobra midiática do prefeito teria o objetivo de justificar medidas impopulares, como a falta de pagamento de salários e a suspensão de serviços essenciais. Ele cita o caso dos prestadores de serviços do transporte escolar, que estariam há quatro meses sem receber seus salários.
A acusação do vereador de oposição ganhou ainda mais peso com as declarações de um radialista local, que confirmou a falta de pagamento de salários e a suspensão de serviços. Ele acusa o prefeito de “enganar o povo” e de “falta de gestão”.
A controvérsia gerou indignação entre os moradores de Entre Rios, que se sentem lesados pela falta de transparência e pela má gestão dos recursos públicos. Muitos questionam o real motivo por trás do discurso do prefeito, levantando suspeitas de que ele estaria tentando se eximir de responsabilidades e de preparar o terreno para futuras medidas impopulares.
A repercussão do caso pode ter um impacto significativo na imagem do prefeito e na pré-candidatura do seu irmão Luiz Argolo nas eleições de 2026. A oposição espera que a polêmica sirva para alertar a população sobre a real situação do município e para cobrar mais transparência e responsabilidade dos gestores públicos.













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