Feirantes e comerciantes reclamam de impactos nas vendas e no turismo.
O prefeito de Serrinha, Adriano Lima, vive uma verdadeira crise de popularidade. Há somente 10 meses a frente do cargo, o gestor acumula polêmicas. Uma delas diz respeito à mudança de local da tradicional Feira de Livre de Serrinha, uma das mais tradicionais da Bahia e responsável pela geração de renda direta e indireta de inúmeras famílias do município e da região sisaleira.
O prefeito e sua gestão têm causado uma série de transtornos à população que vive e tira seu sustento da atividade feirante. Não bastasse a truculência dos agentes de fiscalização, objeto de reclamação de muitos feirantes, a divisão da Feira forçou muitos deles à péssimas condições de trabalho, já que são obrigados a dividirem um espaço muito menor e menor confortável, o que tem efeitos na saúde e nos negócios.
Atualmente, serrinhenses têm preferido comprar suas verduras, legumes e frutas nos supermercados mais próximos de casa, além de deixar para adquirir roupas em lojas de outros bairros ou municípios vizinhos, como Santa Bárbara, Teofilândia, Araci, etc. A mudança também afeta o turismo. A Feira de Serrinha é uma das mais visitadas da região, e por isso, movimenta também a rede hoteleira da cidade, além de restaurantes, bares e muito mais. Fugindo do econômico, os impactos também se dão na dimensão cultural, já que a Feira também é importante elemento da tradição de Serrinha.
O Bahia Notícia procurou o prefeito Adriano Lima, mas não obtivemos respostas aos questionamentos feitos em relação à feira. Além dele, vereadores da situação, como o vereador PM Santiago, não responderam ao nosso contato. Oposicionistas do prefeito na Câmara, como o vereador Nininho, endossaram as críticas à mudança, repudiando o que chama de “tirania” da gestão municipal e associando a conduta de Adriano à forma do governo Temer, do qual o prefeito é aliado.
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