Não faz muito tempo, Euclides da Cunha figurava como um dos maiores produtores de feijão do Nordeste baiano. As mudanças climáticas e a invasão de pragas fizeram a cultura se enfraquecer ano após ano. Para se esquivar das incertezas e prejuízos constantes com a produção, a maioria dos produtores euclidenses deixaram o feijão de lado e vem optando somente pela plantação do milho.
Para tentar mudar essa realidade e resgatar o protagonismo euclidense na produção de feijão, a Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente estabeleceu uma parceria com a Embrapa Arroz e Feijão e o Sebrae e criou em Euclides da Cunha unidades experimentais de feijão. O município quer descobrir como sementes já desenvolvidas no país se adaptam ao solo e ao clima euclidense.
Na última semana, foi realizado um dia de campopara apresentação do resultado de mais uma unidade demonstrativa, dessa vez na localidade de Lagoa do Guedes. “Nós queremos apresentar e disponibilizar ao produtor sementes que deem segurança de produção e renda através de variedades resistentes a pragas e doenças”, explica a secretária municipal de Agricultura e Pecuária, Maria Djalma Abreu.
Na unidade experimental da Lagoa do Guedes, foram plantados nove tipos de sementes, sendo seis do tipo carioca, uma do grupo mulatinho e duas do preto, todas cultivares desenvolvidas pela Embrapa e já disponíveis no mercado. “A gente tem constatado a adaptação plena dessas cultivares às condições, tanto de solo quanto de clima aqui de Euclides da Cunha. Os materiais estão com desenvolvimento pleno, vão produzir muito bem”, afirma Dr. Luís Claudio de Faria, mestre em agronomia e doutor em genética, além de atual pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão.
O dia de campo contou com a presença de estudantes e profissionais de agroecologia e agronomia de cursos técnicos e da UNEB, produtores da região, associações, equipe técnica do município, Secretaria de Educação e outros representantes.
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