O Bahia Notícia entrevistou a jovem estudante e cientista candeense Ana Maria, que recebeu o convite para participar de uma feira internacional de ciências, a Genius Olimpiad, que acontecerá em Nova York, nos Estados Unidos, após ficar em primeiro lugar na FEMIC (Feira Mineira de Iniciação Científica).
Em conversa com Felipe Auditore, jornalista da equipe do Bahia Notícia, Ana falou sobre algumas das alegrias e dificuldades que estiveram presentes durante o processo de estudo, produção e apresentação da sua pesquisa.
“A minha trajetória começou eu tinha 16 anos, quando eu recebi o convite da escola que eu estudava pra participar de um grupo de iniciação científica, em 2019, aí eu senti curiosidade e topei entrar. Assim que passei a integrar o grupo, a gente começou a entender como funcionava e eu me apaixonei, assim que vi meu tema e me aprofundei mais na teoria do meu projeto, foi amor à primeira vista.”
Ana Maria também explicou mais sobre o a sua pesquisa e a diferença que ela pode trazer para nossa sociedade. “A minha pesquisa tem como objetivo expôr outros métodos pedagógicos que se preocupam em potencializar as capacidades dos alunos, sem constrangê-los e sem limitá-los, são abordagens democráticas pra que se tenha uma relação de troca entre professor e aluno. A minha pesquisa, no âmbito social, faz uma crítica ao sistema educacional brasileiro, que é defasado, um sistema de século passado, que está claramente adoecendo os alunos e não só criticar, mas dar alternativas para uma educação melhor, sem precisar causar tantos danos ao estudante”, ressaltou.
Sobre a emoção de se classificar para uma feira internacional no exterior, Ana afirmou: “Foi um dos momentos mais extraordinários da minha vida, eu realmente não acreditei que eu seria premiada em primeiro lugar e muito menos que eu iria para tão longe mesmo tão jovem. Foi a primeira vez que eu fui premiada e logo de cara foi esse presentão, ainda estou muito ‘besta’ com o que aconteceu”
Ela também relatou os problemas que passou para conseguir apoio financeiro para prosseguir com sua pesquisa e participar das feiras que conseguiu se classificar. “No mesmo ano que eu comecei, eu fui aprovada para uma feira na UFBA e outra feira em Recife, e pra ir até essa feira em Recife precisei fazer várias ações. Precisei ir ao encontro de várias pessoas do governo aqui do município e até do estado, enviei diversos ofícios, os vereadores que eu tentava entrar em contato e pedir ajuda não me davam atenção, achavam irrelevante, foi muito humilhante pra mim porque não precisa ser assim, eu levo o nome do meu estado e da minha cidade para as feiras que vou. Eu agora já aprendi que se eu quiser, eu tenho que correr atrás pra conseguir chegar lá, porque se depender do governo, eu não vou conseguir.
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