Na tarde deste domingo (06), Bahia e Internacional se enfrentaram em uma partida com poucas chances, marcada por mais uma atuação polêmica da arbitragem e do VAR.
O Colorado ataca, o Tricolor marca (o gol)
O Inter iniciou a partida como se espera da equipe: maior posse de bola, muita movimentação dos homens de meio campo e a busca pela superioridade numérica nas ações ofensivas, chegando a colocar 8 jogadores no campo de ataque quando Cuesta e Zé Gabriel ainda faziam a saída de bola, as vezes apoiados pelo volante Johnny, as vezes pelo lateral Uendel. O Bahia trouxe uma proposta defensiva, com cinco homens na última linha e quatro dando combate mais a frente, objetivando dar campo pra equipe gaúcha avançar e assim surpreender com um contra-ataque utilizando a bola longa para acionar Rodriguinho e Gilberto, já que Élber também auxiliava na recomposição para segurar as subidas de Saravia. O Colorado não dava oportunidades para o Bahia contra-atacar, a recomposição defensiva era rápida e organizada, conseguia passar com facilidade pela primeira linha do Tricolor e faltava apenas criatividade perto da área e qualidade no último passe. Mas foi o Bahia que abriu o placar, quando aos 19 minutos no primeiro erro de saída de bola do Colorado, Zé Gabriel entrega a pelota nos pés de Daniel, que origina o belo gol de Rodriguinho, em uma assistência precisa de Ronaldo, 1 a 0 para o tricolor.
Toma lá, da cá
O Inter melhorou depois de sofrer o gol e passou a pressionar mais o Bahia e levar mais perigo ao gol de Mateus Claus. O Tricolor também encontrava espaços para atacar o adversário, mas ainda tinha enorme dificuldade de sair do seu campo de defesa, chegando a péssima marca de 69% de precisão nos passes, muito abaixo do ideal. E foi aí, que o feitiço se virou contra o feiticeiro: assim como no gol tricolor, a pressão nos zagueiros fez Juninho, zagueiro do time baiano, errar o passe quando tentava sair jogando e entregar para Thiago Galhardo que colocou a bola na cabeça de Patrick para fazer o gol e igualar o marcador mais uma vez. O Bahia ainda chegaria a marcar um gol aos 40 minutos do primeiro tempo, com Gilberto, e o Inter aos 44′ com Thiago Galhardo, mas os dois estavam impedidos nos lances e os gols foram bem anulados.
Se cochilar, não perde nada
Na volta para o segundo tempo: times iguais, futebol abaixo. As duas equipes mantiveram suas estratégias, mas aparentemente seus jogadores já sentiam algum desgaste. A partida esfriou, mas logo voltou a esquentar (não pelo motivo esperado), quando Victor Cuesta caiu na área e o árbitro marcou um pênalti polêmico de Gregore em cima do zagueiro Colorado, o lance logo foi revisado pelo VAR que solicitou ao árbitro no campo que revesse no monitor, porém, a decisão foi mantida e Thiago Galhardo (que não tem nada a ver com isso) e estufou as redes pela sexta vez no Brasileirão, o artilheiro do campeonato até o momento. Já nos acréscimos, o VAR deus as caras mais uma vez; em lance que aconteceu longe da visão do árbitro, Rodinei fez falta (desnecessária) em Élber dentro da área, que foi marcada após mais uma revisão do juiz no monitor de campo. O atacante Clayson, que vem sendo muito criticado por seu desempenho no tricolor baiano, cobrou o pênalti com categoria e se emocionou na comemoração do gol.
Fim de papo no Beira-Rio
Com mais uma atuação polêmica do árbitro de vídeo em uma partida com poucas chances para as duas equipes e baixo nível técnico, o tricolor empata com o Internacional e volta para a Bahia onde enfrenta o Grêmio na quinta-feira pela próxima rodada do Brasileirão. O Internacional, que se manteve na liderança do campeonato, agora busca manter a boa fase contra o Ceará em Porto Alegre.
Por: Felipe Auditore
Edição: Philippe Peltier
Deixe seu comentário