Caxambu-MG recebe o 33º Campeonato Brasileiro de Marcha Batida da raça até o próximo sábado.
Cerca de 500 animais disputam até sábado (16) em Caxambu (MG) o título do 33º Campeonato Brasileiro de Marcha Batida da Raça Mangalarga Marchador. O G1 foi até a cidade para entender como funciona a competição voltada para animais da raça, que surgiu no Sul de Minas.
“O que está se fazendo aqui é o julgamento da marcha, o Mangalarga Marchador, a característica principal dele é a marcha, ou seja, ele não é um cavalo de trote. A marcha, a definição dela, é um animal que está sempre em contato com o solo, então é o andamento mais macio para o cavaleiro, para quem monta. Três árbitros estão fazendo o julgamento da marcha e eles avaliam basicamente o gesto de marcha, a comodidade, o adestramento, o estilo, o rendimento e a regularidade”, explica o diretor do Departamento de Árbitros, Carlos Augusto Sacchi.
Para competir no Brasileiro de Marcha, o animal precisa necessariamente ter sido campeão em algum evento realizado durante o ano no país, o que garante que só os melhores animais participem. O título sai de uma média após serem analisadas a qualidade morfológica e da marcha do animal.
“A qualidade da marcha, comodidade, temperamento, qualidade da montada dele, porque é um animal de sela, a conformação dele, para ele ter essa qualidade de marcha, ele tem que ter uma conformação característica da raça, senão ele não faz a marcha com qualidade, então ele tem que ter boa morfologia, boa marcha e aliado a isso ele vai ter uma boa qualidade de função, que é demonstrada na prova funcional”, explica o diretor de arbitragem.
Com mais de dois séculos de história, o Mangalarga Marchador é uma raça de cavalos tipicamente brasileira que surgiu no Sul de Minas pelo cruzamento de cavalos da raça Alter, vindos da Coudelaria de Alter Chão em Portugal com éguas da região mineira. Aproximadamente 615 mil animais compõem o plantel, que emprega diretamente cerca de 40 mil pessoas e produz indiretamente mais de 200 mil vagas de emprego. A raça é considerada a maior de equinos da América Latina.
Segundo o diretor de eventos da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, Antônio Galvão dos Santos Júnior, o campeonato representa uma vitrine para animais e criadores.
“A partir do momento em que esse animal vai ganhando, ele vai ganhando mercado, agregando valor, o filho dele passa a valer mais, tanto do cavalo quanto da égua, é uma grande vitrine. É como se fosse um time de futebol que ganha um campeonato, a valorização dos jogadores, aqui em paralelo, é a mesma coisa”, disse o diretor.
Fonte: G1












Deixe seu comentário