Em comunicado interno a seus funcionários, a direção da Petrobrás informou que entre os dias 19 e 23 de novembro, militares do Exército estarão realizando treinamento de rotina nas dependências da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada no município de São Francisco do Conde, na Bahia. De acordo com a empresa “o exercício militar ocorre anualmente como forma de preparação dos militares para ações de defesa nacional”.
A direção do Sindipetro Bahia também defende a importância estratégica da Petrobrás e o seu papel fundamental para a garantia da nossa soberania nacional.
Portanto, partindo desse pressuposto, entendemos a necessidade de exercícios como esses por parte do Exército, desde que não sirvam como ferramenta para intimidar ou desarticular a livre organização dos trabalhadores e de seu sindicato.
O governo federal eleito já anunciou intenção de privatizar as estatais. Nesse cenário, o Exército teria autonomia para realizar esse tipo de exercício?
Como não há capital privado nacional capaz de adquirir uma companhia do porte da Petrobrás, o controle da empresa provavelmente passaria para o capital externo. Uma empresa estrangeira abriria suas portas e exporia sua tecnologia, equipamentos e segredos industriais para permitir exercícios militares de interesse nacional brasileiro?
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