A produção industrial na Bahia caiu entre os meses de setembro e outubro e atingiu o índice de -4,6%. O valor, divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo do nacional, que registrou 0,3%.
Este foi o quarto mês consecutivo que o índice baiano diminuiu em relação ao mês anterior. Entre agosto e setembro, a queda foi de -1,4%.
Entre os 15 locais pesquisados, a Bahia teve o 8º menor resultado. Os piores resultados foram registrados no Ceará (-13,7%), Mato Grosso (-11,5%) e Paraná (-9,1%). Por outro lado, Pará (5,2%), Goiás (3,0%) e Minas Gerais (1,7%) tiveram as maiores altas.
Além de ter recuado frente ao mês imediatamente anterior, em relação a outubro de 2021 a produção industrial baiana também teve retração (-7,2%). Este foi o primeiro resultado negativo do indicador após 6 meses entre crescimentos e estabilidade.
Neste viés, o resultado da Bahia foi o 6º pior do país, ficando abaixo do nacional, onde houve variação positiva (0,4%). Dos 15 locais pesquisados, oito apresentaram crescimentos, sendo os maiores em Mato Grosso (37,5%), Amazonas (13,7%) e Rio Grande do Sul (4,7%). As quedas mais intensas ficaram com Espírito Santo (-14,7%), Pará (-13,4%) e Paraná (-8,0%).
Resultados acumulados
No acumulado nos nove primeiros meses de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos 7 locais com resultados positivos na indústria, tendo o 2º maior aumento de produção do país (5,6%). Neste viés, o índice do estado fica atrás apenas do registrado em Mato Grosso (25,7%). O país como um todo apresenta queda (-1,1%).
Nos 12 meses encerrados em setembro, a indústria baiana apresentou o seu primeiro resultado positivo (0,6%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, desde maio de 2019.
No Brasil como um todo, a produção industrial também cai nessa comparação (-2,3%), com resultados negativos em 9 dos 15 locais.
Setores que demonstraram queda
A queda da produção industrial da Bahia em outubro de 2022, comparada a outubro de 2021 (-7,2%), aconteceu por causa dos recuos registrados pela indústria extrativa (-14,7%) e pela indústria de transformação (-6,7%).
A produção caiu em 7 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na estado. A fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-9,0%) registrou a retração mais representativa para o resultado negativo da Bahia, seguida pela fabricação de outros produtos químicos (-9,5%).
O segmento de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou a sua primeira queda após 13 meses de resultados positivos. Ainda assim, no acumulado do ano, o resultado é bastante positivo (30,2%).
A maior queda absoluta no mês foi a da metalurgia (-35,0%). No setor, o índice está em queda há 14 meses e no acumulado do ano essa é a maior retração absoluta da Bahia, com -39,1%.
Por outro lado, a fabricação de produtos alimentícios (3,2%) foi quem mais ajudou a segurar a queda geral da produção industrial do estado em outubro, seguida pela fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (144,3%), que teve o maior aumento absoluto do estado no mês.
Via: G1
Foto: Arquivo-Fiems
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