Após mais de 500 anos, os povos indígenas tem voz e vez no Brasil e na Bahia como nunca se viu antes, começando quando a Bahia elegeu o governador indígena Jerônimo Rodrigues. O professor e ex-secretário de educação com sua postura séria e pautada em importantes objetivos, dá continuidade e propósito à sucessão do líder Rui Costa.
Um pouco sobre Jerônimo Rodrigues:
Jerônimo é natural de Aiquara, cidade interior baiano, localizada a 400 quilômetros de Salvador. Ele nasceu em 3 de abril de 1965, se identifica como indígena e é cristão e católico. Rodrigues tem três irmãos e cinco irmãs. É professor universitário e engenheiro agrônomo, formado e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia e autor de livros.
Jerônimo está no PT desde 1990, mas esta é a primeira vez em que disputa uma eleição.
Ele começou os estudos aos nove anos de idade no município de Jequié (BA), tendo realizado toda a graduação em escola pública.
Ingressou no curso de engenharia agrônoma da Universidade Federal da Bahia em 1987, no campus de Cruz da Almas (BA). Nesta cidade, conheceu Tatiana Velloso, engenheira agrônoma e professora da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), com quem se casou e teve o único filho, João Gabriel.
Durante a vida universitária, entrou no movimento estudantil.
Quando iniciou o mestrado em agronomia, também na UFBA, retornou a Aiquara e se tornou professor do Colégio Municipal Américo Souto e secretário municipal de Agricultura, na gestão do prefeito Moacyr Viana.
Ainda durante o mestrado, assumiu o cargo de professor do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCIS) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Mais tarde, tornou- se vice-diretor do DCIS.
Em 2007, Jerônimo Rodrigues tornou-se assessor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, durante o governo de Jaques Wagner (PT). Em 2010, ainda na gestão de Wagner, passou a compor a equipe da Secretaria de Planejamento do estado.
Em 2011, tornou- se secretário-executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário, secretário nacional do Desenvolvimento Territorial e assessor especial do Ministro do Desenvolvimento Agrário.
Durante o governo de Rui Costa (PT) na Bahia, trabalhou na implantação da Secretaria de Desenvolvimento Rural.
Nas eleições de 2018, foi coordenador da campanha de reeleição de Costa. Na nova gestão, Jerônimo foi responsável pela Secretaria da Educação.
Em 2022, Jerônimo foi escolhido por unanimidade pelo PT para ser candidato ao governo do estado.
O governador eleito nomeou a índia Patrícia Pataxó para superintendência da Sepromi, em atenção aos índios do estado.
E por fim, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nomeou para importância indígenas, a Índia Sônia Guadalajara para o Ministério dos Povos Originários.
Um pouco sobre a primeira Ministra índia do Brasil:
Primeira deputada federal indígena eleita pelo estado de São Paulo, a ativista Sônia Guajajara foi escolhida pelo presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a pasta do Ministério dos Povos Indígenas, pasta que será criada pelo novo governo. Guajajara será a primeira indígena a ocupar um ministério.
Sônia Guajajara nasceu na terra indígena de Araribóia, no estado do Maranhão, e faz parte do povo Guajajara/Tentehar. Por sua luta pelo reconhecimento dos direitos dos povos indígenas, em maio deste ano foi eleita pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Filha de pais analfabetos, aos 15 anos de idade Sônia recebeu ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai) para poder cursar o ensino médio em Minas Gerais. A ativista é formada em Letras e Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e pós-graduada em Educação Especial.
Guajajara ainda desempenha o papel de Coordenadora Executiva da APIB, finalizando o seu segundo mandato (2017/2022) e compõe o Conselho da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais do Brasil, iniciativa que integra um programa das Nações Unidas.
Em 2018, Sônia Guajajara foi a primeira indígena a compor uma chapa presidencial no Brasil. A ativista foi candidata à vice-presidente do país pelo PSOL, ao lado do agora também deputado federal eleito Guilherme Boulos.
Nas eleições de outubro de 2022, a líder indígena teve mais de 150 mil votos válidos e foi eleita deputada federal por São Paulo. Em novembro, Guajajara esteve presente na COP-27 (Conferência do Clima da ONU), no Egito, ao lado de Marina Silva e Izabella Teixeira — representantes de organizações ambientalistas — e outras lideranças indígenas, e cobrou a criação do Ministério dos Povos Originários e maior participação dos indígenas no governo.
Na transição, ela integrou o Grupo Técnico dos Povos Originários.
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