O prefeito de Serrinha, Adriano Lima (PMDB), foi premiado na ultima semana com o título de um dos 100 melhores gestores do Brasil. O título da União Brasileira de Divulgação (UBD) inflou o ego do prefeito e de seus apoiadores incondicionais, mas não agradou quem engrossa as fileiras da oposição ao seu governo na câmara e na sociedade civil.
Adriano lima vem acumulando insatisfação devido às medidas impopulares que têm emplacado a frente de seu governo. O médico oftalmologista, que costuma responder ao público através da primeira dama, Marcela Lima, é responsável por um dos maiores reajustes tarifários nas contas de energia elétrica da história de Serrinha.
Centralizador, Adriano é acusado de dar pouca margem de atuação a seus secretários municipais. Mais polêmica ainda são as perseguições orquestradas pelo prefeito aos feirantes de Serrinha, cujas condições de renda têm sido cada vez mais reduzidas. Se a gestão que o antecedeu, liderada por Osni Cardoso, não agradou, a de Adriano não vai no caminho oposto.
Desde que entrou no governo, o IPTU de Serrinha sofreu reajuste de 70%, impactando diretamente na renda de famílias profundamente afetadas pelo desemprego trazido pela crise econômica. Além disso, a implantação de estacionamentos privados em vias públicas tem desagradado motoristas e desestimulado as compras no comércio.
O aumento da tributação não tem se justificado pela melhoria dos serviços públicos. Hoje Serrinha sofre uma crise de segurança pública, com assassinatos, assaltos, roubas e o tráfico de drogas dominando a vida na cidade. Os casos de feminicídio na cidade hoje também despontam como os maiores do estado.
Alianças suspeitas
Se no contexto municipal Adriano Lima enfrenta a insatisfação popular, em Brasília, seus principais aliados estão na mira da Justiça. O ex-ministro do presidente Michel Temer, Geddel Vieira Lima, encontra-se atualmente preso. Seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, é também aliado direto de Adriano e também está sendo investigado, junto a sua mãe, por crimes graves, como lavagem de dinheiro.
A família Vieira Lima está associada ao escândalo das malas com 51 milhões de reais encontradas em apartamento de Salvador. Esta semana, a Comissão de Ética da Câmara decidiu acatar as representações do PSOL e Rede pela investigação do Caso das malas, tendo Lúcio Vieira Lima ao centro da denúncia. Após apurados os fatos, espera-se saber quais serão os desdobramentos para a imagem já impactada do prefeito de Serrinha.
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