O deputado Robinho, do União Brasil, mais uma vez demonstra sua coerência flexível ao atacar o PT enquanto protagoniza invasões de terra no extremo sul da Bahia, uma prática que ele mesmo condena quando é feita por outros. A postura do parlamentar, que costuma pregar o combate às invasões, ganha um toque de humor irônico ao ser criticado pelo deputado Marcelino Galo (PT), que lembrou o episódio e destacou a hipocrisia do oposicionista.
Galo relembrou que Robinho descarregou uma “catilinária” contra o PT, porém esqueceu que seu partido — onde está o “rei do lixo”, líder de uma organização criminosa envolvida na Operação Overclean — não tem o direito de apontar dedos. Para completar, mencionou que o presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, está sob investigações por suposta ligação com o PCC, e que o vice, ACM Neto, pousou em Coité de helicóptero de um banqueiro preso por corrupção no escândalo do Banco Master.
O petista ironizou que Robinho deve ter sofrido de algum “surto político”, transferindo ao PT o comportamento que, na verdade, é típico de membros do próprio União Brasil — que, segundo Galo, “não olham o próprio rabo”. Para fechar, Galo exigiu que o oposicionista explicasse sua recente invasão de fazenda, um episódio que contrasta com seu discurso de combate às invasões de terras.
“Logo você, deputado Robinho, que tanto prega o combate às invasões e a moralidade, mas que, na prática, invade terra e faz vista grossa para a corrupção dentro do próprio partido”, disparou Galo. A ironia não perdeu força ao afirmar que há uma Justiça que, futuramente, deverá colocar limites em ações que “envergonham o Poder Legislativo”, especialmente quando vêm de quem deveria, por obrigação moral, dar exemplo.












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