Com contas bloqueadas de R$ 1,5 milhão, prefeito tenta convencer população que a culpa é de gestões anteriores — enquanto o povo questiona se o voto também não tem sua parcela de responsabilidade.
Entre Rios vive um momento de crise financeira agravada por dívidas acumuladas ao longo de mais de cinco anos de má gestão. Em vídeo recente, o atual prefeito tentou justificar a difícil situação do município, atribuindo boa parte do problema às administrações passadas. Com contas bloqueadas na ordem de R$ 1,5 milhão, ele afirma estar lutando para manter os serviços essenciais à população, embora reconheça que o cenário é de dificuldades extremas.
De acordo com o gestor, grande parte das dívidas herdadas por sua administração são resultado de gestões anteriores, que, segundo ele, “deixaram um rastro de dívidas e pendências, além de contas que continuam chegando”. Para o prefeito, o problema não está sob seu controle, mas sim na herança deixada por outros. “Mesmo diante de todas essas dificuldades, temos mantido os principais compromissos em dia, especialmente o pagamento dos servidores”, disse na postagem, tentando passar uma imagem de esforço e responsabilidade.
No entanto, a população de Entre Rios começa a questionar: se há mais de cinco anos de inoperância e dívidas acumuladas, quem realmente é responsável pelo atual caos financeiro — os ex-gestores, o administrador vigente, ou, ainda, o próprio povo, que, ao fim e ao cabo, elegeu quem hoje lidera a cidade?
O debate vai além: muitos se perguntam até que ponto o voto consciente pode influenciar esse cenário e se a administração atual realmente tem condições de recuperar a saúde financeira do município ou se está apenas presenciando os efeitos de uma história mal contada. Afinal, a responsabilidade também passa pelo papel do eleitor na escolha dos representantes.
Enquanto isso, as ações de contenção de despesas continuam, e a população acompanha com preocupação o futuro de uma cidade que, mesmo com recursos limitados, clama por gestão eficiente e transparência verdadeira. Entre Rios vive um momento de reflexão sobre as responsabilidades de todos os atores envolvidos na construção de uma gestão pública mais responsável e sustentável.













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