Uma intervenção cirúrgica de alta complexidade e pioneira terminou de forma existida nesta semana, no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). O procedimento foi uma neurocirurgia para retirada de tumor cerebral, com a paciente acordada.
Moradora de Feira de Santana, a paciente enfrentou um possuía um tumor cerebral de 8 centímetros de diâmetro. Este tumor ocupava uma área significativa do cérebro, responsável pela motricidade. Sem a cirurgia, a paciente poderia ter o comprometimento de seus movimentos.
O médico Márcio Brandão, coordenador da neurocirurgia do hospital, destacou a complexidade deste caso, observando que “essa localização do tumor, se fosse operada pelas técnicas normais, poderia causar danos e/ou um déficit significativo, inclusive com sequelas. Ela poderia ficar com o lado do corpo paralisado, com dificuldades para falar”.
A solução inovadora escolhida foi realizar uma cirurgia em que a paciente permanece acordada. 12 profissionais participaram. O neurocirurgião explicou: “Optamos por fazer uma técnica que, aqui no Clériston, foi a primeira vez, e que ainda está sendo uma novidade na Bahia, que é acordar o paciente durante uma cirurgia e retirar o tumor com ele acordado. Com isso, a gente consegue interagir com o paciente enquanto é feita a dissecção do tumor”, disse.
A abordagem cirúrgica realizada nesta jovem permitiu que uma equipe médica monitorasse continuamente a paciente, garantindo que a área vital do cérebro não fosse prejudicada.
“Durante o procedimento, conversamos com a paciente e ela respondia as perguntas, fazia contas simples e interagia com a equipe médica. A anestesia utilizada foi projetada de forma que o paciente não sentisse dor e pudesse colaborar com a equipe. À medida que o tumor era retirado, ela lia, conversava e até mesmo olhava imagens em um tablete”, detalhou o médico.
Via: Blog do Velame
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