Dois anos se passaram desde quando o filme Ouro Azul saiu do campo das ideias e se transformou no documentário lançado neste sábado (12) para a comunidade local.
A produção é ambientada em uma das 15 pontas da Ilha dos Frades, a Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, e passeia por uma ponta vizinha, a Ponta de Loreto. Foram cerca de dez dias de gravação do filme dirigido por Meire Moreno e protagonizado pela atriz Mônica Bittencourt, que dá corpo a uma turista disposta a desbravar o paraíso pertencente à capital baiana. “A ideia desse filme me rodeia desde pequena.
Eu já estava pesquisando turismo sustentável e o DNA água, foi quando recebi do meu assessor de comunicação um release falando que ia ter [o selo] Bandeira Azul. Eu vim no dia da entrega e conheci o lugar, me apaixonei”, detalhou Meire, criada na Baía de Todos os Santos. A ponta que ambientou ‘Ouro Azul’ é o primeiro local do Norte-Nordeste a receber o selo internacional Bandeira Azul, da ONG Foundation for Environmental Education, que reconhecer praias e marinas por sua beleza, turismo e sustentabilidade.
A entrega do selo definitivo está programada para o dia 26 de novembro, mesma data em que a equipe do documentário participará do Festival Green Nation, no Rio de Janeiro. “Só senti porque a Ilha dos Frades tem conteúdo histórico, profundo e também a vida dos moradores, muitos personagens interessantes, e nós só tínhamos 26 minutos.
Tivemos pouquíssimos personagens locais porque a gente não tinha tempo para revelar as riquezas da comunidade local”, lamentou Meire.
Dona Mira Ribeiro, conhecida como coordenadora-geral da ilha, aparece no documentário e comemora a valorização do local onde mora há 15 anos. “Me sinto muito feliz. É uma coisa que eu não esperava.
A comunidade está muito alegre, eu também muito feliz, porque ter uma praia daquela com título de bandeira azul, me sinto muito orgulhosa. As pessoas não estão deixando mais o lixo na praia, viu um copinho ali na areia e vai pegar, o turista também está fazendo a mesma coisa, vai lá, pega e bota na lixeira”, declarou a moradora, que é uma das cerca de 30 pessoas que moram na comunidade da Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe.
O documentário ainda não está disponível na íntegra para o grande público, mas são 26 minutos de belezas naturais de um paraíso pouco conhecido na Baía de Todos os Santos. O texto dá conta de uma narrativa didática sobre informações importantes referentes à ilha, como o processo de revitalização de responsabilidade da Fundação Bahia Viva em parceria com a prefeitura de Salvador e a fiscalização contra a pesca com bombas, possível após o convênio da mesma fundação com o governo do estado, por meio da Polícia Militar.
Embora a proposta inicial do material seja um documentário, o material reúne condições de ser exibido em outras plataformas, até mesmo como uma série. Além do tempo de duração, há leveza no texto, fotografia e qualidade técnica capazes de sustentar ‘Ouro Azul’ em canais de televisão, por exemplo.
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