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Os efeitos fisiológicos causados pelo posicionamento da cabeça e pescoço dos cavalos de esporte, enquanto montados, são alvo de importantes discussões, tanto por parte de cavaleiros, treinadores, veterinários, como pelos órgãos que regulam as disciplinas equestres e o bem-estar dos animais.
Chamada de hiperflexão (em inglês: hyperflexion e, em alemão: rollkur), esta é uma posição onde o cavalo é submetido a grande flexionamento do pescoço, cabeça e nuca (hiperflexionando, especialmente, entre as vertebras cervicais C2 até C4) e, para atingi-la, utiliza-se de força (através de embocaduras fortes, rédeas de apoio, gamarras fixas ou outros equipamentos). Geralmente, associa-se a cavalos da modalidade de adestramento, mas é observada em praticamente todas as disciplinas equestres.
Esse posicionamento pode ser causador de dores agudas ou crônicas na região do pescoço e coluna, além de poder ser responsável por uma compressão da abertura da laringe, dificultando a passagem de ar. Estudos demonstraram que o treinamento sob hiperflexão induz a uma reação de estresse nos animais, alterando parâmetros como frequência cardíaca e, principalmente, níveis de cortisol.
Segundo estudo realizado na Alemanha, utilizando eletromiografia, cavalos que treinam com pescoço e cabeça em posição formando um ângulo de até 45 graus entre eles (posição chamada “a frente da vertical”) têm maiores estímulos nos músculos da “top line” do pescoço, que são: esplênio e trapézio. Cavalos que treinam sob hiperflexão (também chamado “atrás da vertical”) estimulam, principalmente, os músculos braquiocefálicos (porção mais ventral do pescoço), além de causar sobrecarga nos ligamentos nucal e supraspinatus.
Créditos: @eqxvet
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