O governador da Bahia em exercício, deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), presidente da presidente da Assembleia Legislativa, avaliou que a decisão do presidente da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, de ingressar com ação no Ministério Público para barrar a retomada das aulas 100% presenciais “não se justifica”.
Em entrevista ao BNews, o parlamentar ponderou que, embora entenda que a decisão da entidade faça parte do jogo democrático, as escolas e empresas privadas já estão trabalhando “em todo vapor”, com suas “capacidades máximas”.
Avaliou também que a estrutura das escolas foram preparadas para a retomada dos alunos, professores e servidores da educação.
“Estamos em uma democracia onde todo mundo é livre para defender as posições que acha clara e – como governador interino – minha posição pessoal é que não se justifica. Até porque a gente vê a maioria dos professores em uma escola como essa com as turmas quase que completas, as salas cheias. Não justifica”, opinou.
Nesta manhã, o governador em exercício visita às instalações do Colégio Estadual Roberto Santos, no Cabula. Em entrevista na última segunda -feira (18), Oliveira criticou a volta às aulas no Estado pelo formato 100% presencial, e disse que o governador Rui Costa (PT) quer montar um “paredão da morte”.
O governador não determinou o retorno das aulas simplesmente. Foram feitos estudo – com sanitaristas, área médica e cientistas – dizendo quais eram as recomendações. O governador tomou várias medidas duras para preservar a população durante o pico da pandemia”, avaliou Menezes.
VOLTA ÀS AULAS
Aluno do 2° Ano do Ensino Médio, Isaac Nunes, 18 anos, diz que a volta às aulas é um sucesso e que as medidas sanitárias têm sido respeitadas pelos colegas sob o olhar atento da direção.
“Estou gostando, estou me sentindo seguro”, disse ao BNews. Perto de concluir a sua vida escolar, o jovem tem a expectativa de conseguir correr atrás do tempo perdido neste quase dois anos de pandemia.
Diretora da APLB diz que governo do estado se precipitou ao decretar retorno das aulas 100% presenciais
A diretora da APLB em Feira de Santana, sindicato que representa os professores das redes municipal e estadual, Marlede Oliveira, se posicionou nesta quarta-feira (20) sobre o retorno das aulas presenciais na rede estadual, ocorrida na última segunda-feira (18), no estado, exceto em Feira, que retomou na terça, em virtude do feriado municipal.
De acordo com ela, o governador Rui Costa agiu de forma precipitada, uma vez que a maior parte dos estudantes ainda não foi vacinada com a segunda dose da vacina contra a covid-19. Além disso, as salas de aulas não foram ampliadas para a abrigar a nova quantidade de alunos.
“É contraditória a postura do governador. Nesse decreto ele fala de distanciamento, que tem que ter tomado a segunda dose, são vários requisitos para a retomada de atividades e eventos. Então a gente questiona: as escolas não tiveram aumento de sala de aula, ventilação. Nós temos um estudo e tem nove escolas do estado que não têm condições de um retorno presencial. O Rotary, o Fênix, por exemplo, não têm condições de ventilação. Como vai retornar 100% presencialmente se os estudantes não estão todos vacinados com a segunda dose? Tem que ter a distância entre os alunos de 1,5 m, mas como manter se a sala de aula tem o mesmo tamanho? São esses questionamentos que precisam ser feitos ao governador”, questionou Marlede Oliveira.
Via: BNews e Acorda Cidade
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