Cavalgar é muito mais do que montar em um cavalo, cavalgar é estar em sintonia com o animal, a ponto dele sentir a própria respiração do cavaleiro.
O cavalo é um animal magnífico que encanta a todos pelo seu porte, força e docilidade.
Sem dúvidas, ele é e continuará sendo por muito tempo essencial na pecuária. Mesmo diante de várias tecnologias, equipamentos automotores e comandados por satélite, o cavalo continua exercendo um papel importantíssimo na lida com o gado.
Não à toa, o cavalo ganha cada vez mais status dentro do meio rural e, muitos pecuaristas já investem bastante na aquisição e manutenção desses animais.
Mas agora vamos abordar cada tipo de andamento natural e artificial do cavalo:
1. O passo
Este é o andar mais calmo e natural do cavalo.
Ele é subdividido em subcategorias:
Passo calmo: que é quando as patas traseiras tocam o terreno ligeiramente à frente dos passos posteriores;
Passo ordinário: são mais curtos e mais elevado. As patas traseiras tocam o terreno atrás das patas dianteiras;
Passo alongado: as patas traseiras tocam o terreno antes das pegadas das patas dianteiras.
2. O Trote
O trote é um andamento simétrico, que vai fazer as patas diagonais tocarem o terreno ao mesmo tempo e em seguida, o animal ficará em suspensão.
3. O Galope
O galope é um andamento mais ligeiro. Ele é um passo em quatro tempos.
A pata frontal, avança até a linha do focinho quanto toca no chão, enquanto estica toda a perna. Neste andamento, o cavalo fica por um breve período suspenso por inteiro no ar.
4. A Marcha
A marcha é um passo artificial no cavalo, um andamento modificado pelo homem para tornar a cavalgada mais confortável e estável no dorso do animal.
O Manga Larga Marchador é uma das raças mais conhecidas, quando o assunto é a marcha.
Esses cavalos têm a capacidade de “marchar” em um ritmo entre o passo e o trote, mantendo o cavaleiro sem trepidar em cima da sela.
Entre os estilos de marchas, podemos destacar a “marcha macia”, quando o cavalo deixa as patas bem rentes aos solo, a “batida” quando as patas se elevam mais, e a “marcha boa”, quando o animal toca no solo com três patas, enquanto somente uma se eleva.
Este material foi baseado no livro “Cavalos” do autor “Elwyn Hartley Edwards.
DIFERENÇA: MARCHA BATIDA X MARCHA PICADA
O que na literatura brasileira é definido como “marcha” e na espanhola é “passo” consiste essencialmente em deslocamento intercalado em apoios bipedais (laterais e diagonais) e tripedais.
Antes de chegar às diferenças entre Marcha Batida e Marcha Picada, primeiro é necessário saber que, ao marchar, o cavalo mantém o contato constante com o chão, sempre com dois ou três membros apoiados no solo – ao contrário do trote. Isso faz com que haja redução de impacto e atrito, proporcionando conforto único ao cavaleiro na equitação. Especialmente quando há uma distribuição ideal dos tempos de apoios. Quanto mais otimizada essa disposição, melhor o andamento. Então, agora chego ao ponto das duas variedades: Marcha Batida e Marcha Picada. A essência da diferença entre elas está nos tempos nos quais o cavalo fica em cada apoio, variando conforme maior ou menor dissociação.
Basicamente, na Marcha Batida, os apoios laterais e tríplices ocorrem em fração de segundos, apenas no momento de troca de apoios durante o deslocamento. Ou seja, são quase imperceptíveis. Os apoios diagonais são bem maiores do que eles.
A Marcha Batida tende a ser o melhor andamento para a equitação clássica. É excelente para equitação esportiva. Também em quatro tempos, porém, com os toques dos cascos soando de dois a dois (1,2 /3,4), possibilita completa junção neurofisiológica entre cavaleiro e cavalo, dispensando o famoso “senta/levanta” do trote. Portanto, além de cômoda nas transições, a Marcha Batida confere mais harmonia ao conjunto, graças à correta posição do cavaleiro na sela e demais fatores citados. A caracterização da Marcha Batida clássica, sua essência pura, de valor zootécnico, é a separação nitidamente visual. Zootecnicamente, ao falar de seleção de cavalos marchadores, quanto mais dissociada for a locomoção dos membros, mais valor tem a marcha, no que diz respeito à sustentação e à dinâmica, já que ficam distantes os extremos do trote e da andadura, que não são bem-vindos.
Quanto à Marcha Picada, há maior predominância de apoios laterais e tríplices em relação à batida. Assim, a estada nos apoios laterais não é mais prolongada do que os tempos dos apoios diagonais. Ainda diferenciando Marcha Batida e Marcha Picada, a segunda conta com sequência de apoios idêntica à da primeira. No entanto, existe dissociação maior, provocando variação de permanência nos tempos de apoio.
MARCHA BATIDA:
MARCHA PICADA:
Fonte: Site Compre Rural
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