A redação do Bahia Notícia recebeu na madrugada desta quinta-feira (21/09) o relato indignado de uma passageira baiana do Voo 066212, da companhia aérea colombiana, Avianca.
Segundo ela, as dezenas de pessoas que deveriam ter feito uma viagem tranquila até Salvador, tiveram a vinda do Rio de Janeiro para a capital baiana transformada em um verdadeiro pesadelo, marcado por angústia e humilhações.
O voo que deveria ter saído do Aeroporto do Galeão às 21h atrasou em 1h30, e o atraso foi apenas o estopim de uma série de exemplos de desrespeito ao cidadão e consumidor protagonizados pela companhia aérea. Deslocados de hotel em hotel, os passageiros encararam a fome, o frio, o cansaço e o péssimo tratamento oferecido pela empresa, que cancelou o voo devido ao fim da jornada de trabalho de uma de suas tripulações.
O Bahia Notícia manteve na íntegra o relato enviado por uma das passageiras. Acompanhe:
Uma série de desrespeitos e arbitrariedades:
“Atraso no embarque, realizado às 21h, e após 1h30 acomodar todos os passageiros, por volta das 22h30, a tribulação anunciou o cancelamento do voo em função da impossibilidade da tribulação da aeronave decolar, pois tinham ultrapassado o tempo máximo de voo determinado pela legislação. Pediram que aguardássemos nova orientação na área de embarque. Neste local, no atendimento especial foi solicitado que aguardássemos a possibilidade de vinda de uma nova tripulação e com isso novo embarque. Fomos direcionados a retirada das bagagens e todos foram direcionados ao check in.
Neste local para atendimento de todos tínhamos na Avianca apenas 1 pessoa para redirecionar e identificar novos voos, e fomos informados pela supervisão do local, que nos trariam os novos cartões de embarque e tickets de alimentação já que tinham se passado mais de 3 horas do embarque, conforme determina resolução da Anac.
Ressalta-se que a Cia Aérea só realizou as remarcações na própria companhia aérea e não aceitou os pedidos dos passageiros de remarcações em outras cias aéreas, nos primeiros voos disponíveis para os mesmos destinos.
Obrigados a passar fome:
Após mais de 2 horas de espera, nenhuma alimentação foi disponibilizada. Os prepostos da Avianca direcionaram os passageiros para um ônibus com objetivo de deslocamento para hospedagem aquela noite em um hotel e alimentação, que até então não tinha sido disponibilizada, e com saída prevista para ás 07 horas da manhã do dia 21 de setembro.
Deslocamento para o hotel: insegurança e desrespeito
Ao chegar no primeiro hotel, localizado no Bairro do Flamengo, fomos informados de que não havia mais disponibilidade. Neste momento ficamos parados no meio da rua, sem segurança, famintos e cansados, com pessoas idosas e crianças no grupo, sem qualquer assistência e presença de alguém da Avianca, até que uma van da companhia chegou com uma representante, acompanhando outros passageiros que tinham ficado no aeroporto.
Ao chegar no segundo Hotel, este no Centro do Rio de Janeiro, para nossa surpresa e decepção, mais uma vez nos foi informada a indisponibilidade em acomodar todas as pessoas que aguardavam, e que pessoas que não se conheciam ou nunca tinham se visto deveriam ficar e dormir no mesmo quarto. E não ficou por aí: também disseram não dispor de alimentação, já que a cozinha do hotel não mais funcionava.
Retorno para o aeroporto: sem comida, sem voo
Sem qualquer previsão de acomodação e alimentação por parte da empresa, isso já pelas 3 horas da manhã, quando a previsão de partida de algumas pessoas era apenas às 11 horas da manhã, os passageiros então retornaram ao aeroporto, e o contatarem a empresa para que, pelo menos fosse disponibilizada alimentação, a empresa, mais uma vez, de forma arbitrária e ilegal, informou que a única empresa com quem tinham parceria para disponibilizar alimentação não estava funcionando, e que ficaríamos sem assistência de alimentação até às 06 da manhã, quando os primeiros passageiros embarcaram para seus respectivos destinos, alguns dos quais, dada a distancia, só chegando em casa 24 horas depois do horário em que embarcamos pela primeira vez.
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