Chega. Nós, mulheres e mães, exigimos respeito.
Dor, indignação e tristeza são com estes sentimentos que machucam o coração de uma mãe que me dirijo a vocês meus irmãos e irmãs maragojipanos. A vocês homens e mulheres, principalmente às mulheres que como eu fazem da labuta diária, o seu cotidiano na busca por respeito numa sociedade que ainda insiste em práticas machistas.
Como deve ser do conhecimento de todos tenho, ao longo dos meus dois mandatos, sido agredida com insultos e provocações de maneira vil, mentirosa e acima de tudo desrespeitosa, e não só como gestora a quem Deus deu a oportunidade de conduzir os destinos desta cidade, mas também como mãe de família.
Confesso que não tem sido fácil, mas o trabalho jamais me fez esmorecer, pelo contrário, serve de incentivo. Calei-me até agora, não por medo, sentimento que não carrego, mas por achar que no jogo da politica alguns, não se conformando com sucessivas derrotas, se utilizam de práticas condenáveis que não seriam merecedoras de uma resposta minha, da minha família e da minha equipe de trabalho, afinal temos uma cidade de mais de 45 mil pessoas pra cuidarmos e prestarmos contas, pessoas que, com certeza não concordam com essas práticas.
Contudo, esses, que até então se limitavam a utilizar de megafones ou redes sociais para, verbalmente, por várias vezes, me agredir, resolveram, tendo à frente o Sr. Crispim Quirino, um autointitulado “poeta”, acompanhado do seu irmão Crispiniano, de maneira covarde partirem para a agressão física, não a mim como prefeita, e sim a minha filha CAÇULA, indefesa e àqueles que estavam ao lado dela na noite dessa segunda-feira, como foi o caso de um jovem de nome Rafael que foi agredido quando tentava apenas saber o que estava ocorrendo, causando sequelas que vão além das sequelas físicas – já que sofreu pontapés e murros – mas sobretudo psicológicas.
Este episódio grotesco, covarde e repugnante nos causou dor, indignação e tristeza. Dor de mãe, indignação de um ser humano e tristeza por ver como pequenos são alguns – que não merecem ser dados nomes – ao agirem de maneira tão cruel e violenta. Quando falamos covarde, porque se queriam atingir a mim, prefeita ou o presidente da Câmara, que viessem até nós, mas não foi o que fizerem. Optaram por agredir de maneira covarde, repito, a minha filha, com puxões de cabelo que levaram ao chão, deixando-a desacordada, demonstrando toda crueldade de parte de uma oposição que sai do debate político para a agressão desmedida a uma jovem estudante e bastante querida na cidade.
Não estamos em uma “terra de ninguém”, sem lei, estamos em um mundo civilizado, e assim agiremos eu e minha família, dentro da lei.Moveremos os meios legais ao nosso alcance para, servindo de exemplo, esse covarde agressor de mulheres venha pagar pelos seus atos. Iremos, com certeza trilhar na luta contra a violência de que são vítimas as mulheres, esta violência aqui não vingará. Não me esconderei, fui eleita para, com fé em Deus e confiança de nossa boa gente, guiar o destino desta cidade e o farei até o último dia do meu mandato.
Um forte abraço e vamos à luta ao lado daqueles que querem uma Maragojipe forte e feliz como foram todos esses dias de festa, onde as pessoas só queriam se divertir, em um evento todo marcado pela tranquilidade, sem nenhum registro de violência, apenas uesse episódio, cujo alvo era nos atingir, prefeita eleita desta cidade, pela maioria da população.
Vera Lúcia Maria dos Santos
Mãe da jovem, menina, mulher.
Verena Santos da Paz
Agredida no dia 27 de agosto de 2019 às 03:00 hrs.
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