O prefeito de Serrinha, Adriano Lima, e a vereadora pelo município, Edylene Ferreira, entraram em embate duro no último mês por conta de posicionamentos divergentes quanto à greve dos servidores públicos municipais, que durou mais de duas semanas. De um lado, Adriano defende a responsabilidade fiscal do governo e cobra razoabilidade da categoria. Edylene, por seu turno, responde com apoio jurídico e político aos servidores.
Adriano Lima, tem insistido no diálogo e argumentado em torno da sustentabilidade fiscal do município, devido, especialmente, ao contexto de crise econômica e queda na arrecadação municipal. Toda a disposição do prefeito segue mesmo o encerramento da greve, na última sexta-feira (28) e com o retorno dos servidores ao trabalho nesta segunda-feira (31).
De acordo com o prefeito, o município perdeu, de 2016 para cá, pouco mais de 5 milhões de reais somente do FUNDEB, passando a contar com apenas 42 milhões para as despesas relacionadas à Educação. Os quase 7,6% demandados pelos servidores, segundo informa a gestão, representaria incremento acima da capacidade de solvência das contas públicas, comprometendo o orçamento municipal.
Já para Edylene Ferreira, os servidores “estão no direito deles” e se manifesta abertamente a favor da continuidade da pressão exercida pela categoria, mesmo após a trégua alcançada na última sexta. Para a vereadora, o encerramento da greve não deve pôr fim à mobilização dos servidores, já que a integridade dos direitos da categoria ainda não fora atendida. Segundo ela, “Agora é que os servidores precisam se unir ainda mais”.
O impasse entre o chefe do executivo e uma das vereadoras mais populares de Serrinha deve render ainda mais capítulos a movimentada cena política da região do sisal.
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