Na cidade de Alagoinhas, localizada a aproximadamente 110 km de Salvador, ocorreu uma fatalidade em que uma mãe veio a óbito após o parto no Hospital Materno-Infantil.
Inaugurado há pouco mais de uma semana com um grande espetáculo do cantor Pablo, o novo Hospital Materno-Infantil de Alagoinhas já enfrenta graves problemas estruturais e operacionais. A fiscalização realizada recentemente revelou que diversos setores ainda estão em obras ou inoperantes, comprometendo seriamente o atendimento à população.
A situação veio à tona após a circulação de um vídeo nas redes sociais, onde uma senhora queixava-se da UTI neonatal não estar funcionando. A Prefeitura de Alagoinhas, em nota, afirmou que o setor estava equipado, mas ainda não contava com profissionais para ativá-lo. No entanto, a inspeção constatou que a UTI não estava nem mesmo com a parte elétrica pronta e ainda estava sendo pintada.
Além da UTI neonatal, outros setores como o laboratório e a nutrição também estavam inacabados e funcionando provisoriamente através de empresas privadas. Quartos sem ar-condicionado, pilhas de poeira e entulho pelo chão, encanamento e alvenaria incompletos foram algumas das irregularidades observadas.
Apesar de ter sido inaugurado com mais de um ano de atraso – a previsão inicial era maio de 2023, mas a conclusão ocorreu somente em junho de 2024 – o hospital foi entregue com o ambulatório sem funcionamento pleno e apenas duas das quatro salas de cirurgia concluídas.
Em meio a tantos problemas, ontem, dia 05 de julho, ocorreu a primeira morte materna no hospital. Casos de óbitos maternos são de notificação compulsória, pois indicam mortes evitáveis e refletem a qualidade dos serviços de saúde. A tragédia é ainda mais impactante considerando que o hospital deveria ser uma referência no atendimento materno-infantil na região.
Além disso, relatos de pacientes apontam para mais problemas na unidade. Uma paciente informou que o banheiro alagava ao tomar banho e que foi servida comida estragada.
O ocorrido, que a mídia local não reportou adequadamente, levanta sérias questões sobre a gestão e a execução das obras do hospital. As autoridades e a população esperam que medidas urgentes sejam tomadas para garantir que o hospital funcione plenamente e com a qualidade necessária para atender às demandas de saúde da região.
Via: Bereu News
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