Bahia Notícia entrevistou com exclusividade uma das grandes personalidades da história de Serrinha, a Professora, ex-Vereadora e Advogada Zezé Ferreira, que foi uma das primeiras rainhas da Vaquejada e esposa viúva do saudoso Ernesto Ferreira.
Bahia Notícia: Entrevistamos agora uma das grandes personalidades da história de Serrinha, Professora e Advogada Zezé, que foi uma das primeiras rainhas da Vaquejada e esposa viúva do saudoso Ernesto Ferreira. Nos conte quem é Zezé Ferreira.
Zezé Ferreira: Boa tarde Junior, é um prazer para mim estar concedendo essa entrevista a você. A Vaquejada para nós serrinhenses é a grande cultura da nossa história e representa todo um povo. Ernesto já vaqueiro conhece Valdete em Minas, quando trabalhava transportando gado, Valdete nessas idas e vindas a Minas, ele conheceu o esporte da vaquejada, achou aquilo muito interessante e ao longo dos anos fizeram amizade, que traz Ernesto a Serrinha para fazer uma demonstração do que seria a vaquejada e lá Ernesto foi até a fazenda de Valdete junto com seus vaqueiros e lá fizeram a demonstração e daí nasce toda essa história que hoje nós temos para mostrar para nossos filhos e netos, deixando esse grande legado.
Bahia Notícia: Você se tornou uma pessoa tão marcante no município que você fortaleceu Ernesto Ferreira na política e também sua filha Edylene Ferreira, que é uma grande parlamentar, com muito futuro político não só em Serrinha como no Estado.
Zezé Ferreira: Estive lado a lado do meu companheiro de 34 anos, nós eramos muito cúmplices, sonhávamos o sonho do outro, é tanto que construímos tudo isso, quem nos separou foi a morte, construímos uma história, porque na verdade Ernesto trazia com ele esse lado social, aquela coisa de querer ajudar e encontrou em mim essa vontade que vinha da minha família e da minha história, então nos completávamos em relação a tudo isso. Hoje temos dando continuidade a tudo isso nossa filha Edylene Ferreira, que tem tudo isso do pai, ela é inquieta, é impulsiva, quer que as coisas sejam resolvidas na hora do jeito correto.
Bahia Notícia: Pude presenciar um dos maiores e melhores discursos políticos, que foi feito por você no lançamento da candidatura de Edylene a Deputada, acredita que de você ele herdou grandes virtudes políticas também?
Zezé Ferreira: Ela nasceu e cresceu dentro de um berço político, dentro de um berço social, desde criança ela já acompanhava todo esse processo da questão social, de atender as pessoas, do cuidado, da questão do pai ser delegado com toda aquela coisa do cuidado que nós tivemos que enfrentar do dia, porque Ernesto era um homem combativo, ele combatia a criminalidade e ela cresceu nesse meio acompanhando tudo isso e paralelo a isso de 1982 para cá veio toda a parte política, aí somava-se três atividades: vaqueiro, delegado e político, daí então deslancha tudo isso e ela cresce nesse ambiente e é tanto que na escola ela era tida como a liderança, em campanhas de assistências sociais, então eu vejo da seguinte forma: ficou pra ela, porque eu fui vereadora de 1996 a 2000, em 2010 no falecimento dele Ernesto ainda era vereador ficou ela como a sucessora.
Bahia Notícia: E a advocacia?
Zezé Ferreira: O ser humano é consciente e cidadão e ele não se entrega, não deixa por menos o seu dia-dia e seu aprendizado, nós somos eternos alunos da vida, por mais que tenhamos qualificação, graduações, pós e mestrados, mas você está sempre aprendendo, então eu me considero uma eterna aluna da vida, sou muito inquieta nesse sentido e sempre encontrei o apoio de Ernesto. Sempre tive o sonho de fazer o curso de Direito e tinha comigo na cabeça que eu não só queria advogar, eu gostaria de ir mais além, ocupar um cargo como promotoria, juizado, mas de uma certa forma eu abri mão para cuidar da família.
Bahia Notícia: Com toda essa sua grande história, qual é o seu limite?
Zezé Ferreira: Meu limite é o céu, porque era uma frase de Ernesto, ele virava pra Edylene e falava isso, e eu olhava e dizia que era o mesmo limite dele, então assim, não é que eu queira imitá-lo, mas eu vejo que quando ele dizia isso era no sentido de mostrar que a vida é para ser vivida intensamente e ele foi um cara que viveu intensamente. E todos os dias que acordo eu penso nessa frase e faço ela minha fonte de viver, então não quero mais aprender pela dor, eu quero aprender pelo amor, então a vida para mim hoje é amor, então vivo intensamente, vivo num eterno desapego, claro que respeitando todos os limites para mim tudo está uma maravilha!
Entrevista: Junior Robocop
Edição: Philippe Peltier












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