O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Sebastião do Passé, José Carlos Paz, ingressou com uma representação na comissão executiva estadual, solicitando a abertura de processo na Comissão de Ética e a expulsão do filiado Angelo Santana. O motivo é o envolvimento de Santana em uma série de ações que, segundo Paz, violam os princípios partidários e demonstram comportamento inadequado.
Angelo Santana foi candidato a prefeito nas eleições de 2024 pelo PT, obtendo 7.473 votos, uma das maiores diferenças históricas de derrota na cidade, perdendo para a atual prefeita, que recebeu 17.358 votos. Curiosamente, Santana tinha sido filiado ao União Brasil e concorreu como candidato a deputado estadual na coligação de ACM Neto contra Jerônimo. Mesmo assim, o PT acolheu sua filiação após forte esforço do presidente do partido, que trabalhou para convencer o diretório estadual a aprovar sua entrada. O consenso foi de que Santana seria o candidato a prefeito, com Tänia Portugal como vice, mas ele abandonou o acordo assim que garantiu sua filiação, causando grande insatisfação do presidente do PT.
Após as eleições, o conflito se intensificou. José Carlos Paz foi convidado para a posse da nova prefeita, Nilza da Mata (PSD), cuja base governista inclui o próprio partido do presidente. Sua presença gerou reações agressivas de aliados de Santana, que passaram a atacá-lo pelas redes sociais, tentando desqualificar sua postura e suas ações.
A situação agravou-se quando o grupo de Santana tentou impugnar mais de 200 filiações feitas pelo PT local, numa manobra que acabou sendo rejeitada pela justiça eleitoral e mantida pela instância nacional. Segundo fontes próximas a Paz, essa tentativa teria visado manipular o resultado do processo de eleições diretas (PED). Insatisfeito com o revés, Santana tentou ainda impugnar a candidatura de José Carlos Paz à reeleição como presidente do PT, acusando-o de supostas fraudes na contribuição partidária, denúncias que foram arquivadas por falta de provas.
Nos dias 6 e 7 de junho, o grupo de Santana divulgou matérias com conteúdo falso, sem qualquer respaldo, com o objetivo de desgastar a imagem do presidente do PT. Essas atitudes, que contrariam o estatuto partidário, motivaram o pedido formal de expulsão de Santana, por comportamento antiético e desrespeitoso às normas internas.
Para José Carlos Paz, o comportamento de Angelo Santana extrapola os limites: “Suas postagens falsas nas redes sociais configuram calúnia, injúria e difamação, práticas incompatíveis com a militância de esquerda e com o PT, que defende a regulamentação e o uso responsável das redes. Este tipo de atitude demonstra falta de argumentos e uma tentativa de desmerecer minha história de 30 anos de militância, que busca fazer a diferença na vida do povo brasileiro.”
Ele finalizou reafirmando que tomará todas as medidas cabíveis: “Não vou tolerar esse tipo de manobra doentia, que tenta desacreditar minha trajetória e as contribuições que tenho feito ao partido e à sociedade. O comportamento de Santana não representa os valores do PT e será tratado com severidade.”
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