O momento pandêmico que vivemos nos trouxe muitas recomendações de cuidados com a nossa saúde e a do outro também. A cautela para o vírus que causa sintomas e sequelas incertas em cada corpo são desconhecidas, e a responsabilidade com nossa saúde só depende de nós mesmos e dos profissionais que recorremos, que muitas vezes podem falhar em seus resultados ou até mesmo no seu atendimento em primeiro contato com o paciente.
A redação do Portal Fala Genefax recebeu a denúncia de maus tratos da equipe médica no Centro de Covid de Coração de Maria, onde uma família se sentiu desrespeitada por alguns profissionais que os receberam de forma inesperada, faltando com o básico de um bom tratamento.
Segundo o casal, o homem se dirigiu primeiro ao Centro de Covid da cidade para realizar o teste e assim saber se estava contaminado, e este recebeu o resultado positivo. Ele recebeu o atestado médico para informar à empresa onde trabalha que realizou o teste e que estava infectado. Como recomendado pelas organizações de saúde, a mulher que é sua esposa também se dirigiu ao local nesta segunda-feira (31/5) para fazer o teste por estar em contato diário com o seu esposo, e assim saber se também foi infectada. Porém, ela também precisava do atestado para comprovar em seu trabalho que foi realizar o teste, para poder aguardar o resultado em quarentena, e foi exatamente o que lhe surpreendeu.
Segundo a mulher, ela não recebeu o atestado correto e foi destratada no atendimento principalmente pela enfermeira-chefe do local, que foi repreendida pela paciente ao reivindicar que não fosse tratada daquela maneira. Ela também relatou que chegou ao local às 10:30h da manhã e foi atendida após 30 minutos de espera. Antes do exame, a enfermeira a perguntou: “O que você está sentindo?”, e ela respondeu que estava sem a presença de sintomas, mas precisava fazer o teste para saber se estava com o vírus ou não por conta do seu trabalho, para evitar que outros fossem contaminados a depender do resultado.
Logo em seguida, a enfermeira disse que pacientes assintomáticos não poderiam receber atestado, e a paciente retrucou perguntando como ela saberia dar o resultado (Ser uma paciente assintomática significa estar com o vírus mas sem sintomas evidentes) se ela ainda não tinha o veredito do exame. A paciente disse que voltaria a trabalhar, mas que responsabilizaria o centro caso eventuais problemas acontecessem. A paciente fez o exame e foi recomendada a voltar para casa e esperar o retorno da médica que estava de saída para o horário de almoço e só atenderia novamente às 13:00h. Ao retornar, a paciente se deparou com uma grande fila de pacientes e foi informada que precisaria esperar todos eles passarem pela médica para ser atendida, o que a causou grande revolta, já que a enfermeira que a recomendou aguardar em casa.
A paciente foi atendida pela médica que sequer a examinou, apenas olhou o seu prontuário e do seu esposo para fazer um relatório mostrando que por ela (médica) a paciente retornava ao trabalho, e também argumentou que seria decisão da empresa afasta-la ou não.
A paciente se sentiu totalmente ofendida pelo tratamento que recebeu da equipe médica e do descaso para com a equipe de trabalho da paciente que poderia também ser contaminada, já que a doutora pouco se importou em saber qual o resultado real da paciente e quais os seus sintomas. “Eles estão trabalhando de forma errada”, relatou.
Agora, a paciente está na incerteza do resultado do seu teste e teme o que pode acontecer caso retorne ao trabalho, pois o seu esposo está com o resultado positivo e ela não sabe se o vírus também a afetou ou não.
Via: Fala Genefax
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