O vereador Lulinha (DEM) informou nesta quinta-feira (13) que vai entrar com uma ação judicial contra o vereador Paulão do Caldeirão (PSC) após, segundo ele, ter sofrido ofensas pelo colega durante discurso na Casa Legislativa.
De acordo com Lulinha, ele teria aconselhado o colega a não levar problemas pessoais para dentro da Câmara de Vereadores, após o vereador Paulão ter apresentado um requerimento pedindo ao prefeito Colbert Martins a exoneração de um servidor nomeado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso).
“Hoje nessa casa foi votado um requerimento, onde o vereador Paulão pede ao prefeito punição para um funcionário do município, que ocupa um cargo de DA2, nomeado na Sedeso. Emerson, como é conhecido, é assessor de Pablo Roberto, e que desde janeiro, Emerson vem perseguindo ele. Aí eu falei com ele para não trazer essas coisas particulares. Já teve uma polêmica há poucos dias aqui com Fabiano nessa questão, de pedir exoneração de pessoas, então é uma coisa que não cabe à Casa estar pedindo ao Prefeito para exonerar ninguém. Daí em diante começou o discurso, Paulão se alterou, disse que eu tinha distribuído 300 cestas básicas no período de eleição, que Silvio Dias (PT) tinha dito, e depois no discurso disse que ‘quem defende bandido, bandido é’. Eu não sou nenhum bandido, eu não distribuí nenhuma cesta básica no período de eleição”, externou o vereador Lulinha sobre a situação.
Na opinião de Lulinha, tanto o regimento interno quanto o código de ética da Câmara de Vereadores estão sendo atropelados a todo o momento pelos vereadores. Segundo ele, irá tomar as medidas necessárias.
“Vou mostrar a Paulão que ele não pode estar aqui nessa Casa tentando denegrir a imagem de ninguém. Ele há poucos dias deu um chute na canela do vereador Petrônio e muitas pessoas viram, mas Petrônio ficou calado e não respondeu nada a ele. Eu apenas pedi a ele que retirasse o requerimento e entrasse na Justiça, já que ele tinha instrumento contra o Emerson. Estou elaborando já com meus advogados para que possa fazer de forma correta, dar entrada na justiça e vou também fazer um ofício, encaminhando à Corregedoria dessa Casa, para que ela possa também ouvir Paulão e ouvir quem supostamente ele diz que eu teria distribuído cesta básica”, declarou.
O vereador Paulão negou, em entrevista ao Acorda Cidade, ter usado o termo ‘bandido’ durante discurso na Câmara ao se referir ao vereador Lulinha.
Segundo ele, não pediu ao prefeito a exoneração do servidor da Sedeso, e sim que ele se reconsiderasse por declarações feitas nas redes sociais, chamando o edil de ‘estelionatário’ e ‘passador de cheque sem fundo’. “Já estou entrando com uma queixa-crime também, apenas porque ele é funcionário da prefeitura”, afirmou, acrescentando que não chutou a canela de ninguém.
Eu não vou me misturar nesse rol de baixaria. Não quero confusão na Casa Legislativa. Vim para aqui fazer o meu trabalho, fiz a minha defesa, me senti agredido. A denúncia está nas redes sociais. Só Lulinha votou contra e dois vereadores se abstiveram. Todos os vereadores votaram a favor, o requerimento foi aprovado por unanimidade. Não pedi a exoneração, mas sim que as providências pelo prefeito fossem adotadas. Levei pessoalmente esse caso ao prefeito, e ele não tomou nenhuma medida. Esse requerimento foi do dia 12 de março, ontem foi 12 de maio. Então se não foi resolvido, é porque não quis”, destacou.
Procurado pela reportagem, o vereador Silvio Dias preferiu não comentar as declarações de Lulinha.
Via: Acorda Cidade
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