Em uma escalada de tensões que promete reconfigurar o cenário político baiano, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) proferiu duras críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT), comparando a legenda ao nazismo.
A declaração, feita em entrevista à Rádio 95 FM de Jequié, acendeu um alerta sobre o futuro da aliança entre o PSD e o PT na Bahia, especialmente com as eleições de 2026 no horizonte.
Coronel expressou sua indignação com a proposta de uma chapa “puro-sangue” para 2026, composta pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que buscaria a reeleição, e pelos senadores Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT).
Para o senador, a tentativa do PT de monopolizar as principais vagas na chapa majoritária é “inadmissível” e remete a práticas de exclusão. “Antigamente, os alemães, os nazistas, Hitler queria sempre manter uma raça pura.
Sem nenhuma conotação ao extremo passado, mas inadmissível o PT, de quatro (vagas na chapa majoritária), ele querer três. E, se o MDB se abrir, ele quer fazer até quatro cargos da chapa. Isso é inadmissível”, declarou Coronel.
A declaração gerou forte repercussão e aprofunda o abismo entre o PSD e o PT na Bahia. A insatisfação de Coronel reflete um crescente desconforto dentro do PSD com a hegemonia petista no estado, e abre caminho para uma possível aliança de oposição nas eleições de 2026.
Cenário de Oposição Ganha ForçaDiante da crescente tensão, um cenário de oposição unificada começa a ganhar forma na Bahia. A união de forças entre PSD, União Brasil e outras legendas pode resultar em uma chapa forte, capaz de desafiar o domínio petista no estado.
Nesse contexto, o nome do ex-governador e atual senador Otto Alencar (PSD) surge como um potencial candidato ao governo. Com um mandato de senador garantido por mais quatro anos, Alencar teria a liberdade de se dedicar à campanha, fortalecendo a oposição.
Para as vagas no Senado, os nomes do próprio Angelo Coronel e de ACM Neto (União Brasil) são ventilados, consolidando uma chapa de peso.
A vaga de vice-governador seria um ponto de negociação, com nomes como João Roma (PL) e o deputado federal João Leão (PP) sendo considerados.
A formação dessa chapa de oposição representa um desafio significativo para o PT na Bahia, que pode enfrentar uma disputa acirrada nas eleições de 2026.
A declaração de Angelo Coronel, ao comparar o PT ao nazismo, elevou a temperatura política no estado e abriu um novo capítulo na história política baiana.
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