Após um hiato de três anos, Ana Silva, ex-integrante da seleção de base brasileira de judô, retornou aos tatames em grande estilo, conquistando o título da categoria sênior super ligeiro (-48kg) na Super Etapa de Judô 2025. A vitória, conquistada com quatro ippons consecutivos, marca o retorno triunfal de uma atleta que já coleciona importantes títulos em sua carreira.
Um retorno emocionante
“Fiquei muito feliz”, comemora Ana, que passou três anos afastada do esporte e sem praticar exercícios físicos. “Voltar fazendo o que eu amo dessa forma é melhor ainda. Estou voltando aos poucos, mas já estou muito feliz em poder estar fazendo o que tanto amo, desde os meus 10 anos de idade”.
Uma trajetória de sucesso
Apesar da jovem idade, Ana já possui um currículo invejável no judô. Campeã baiana e campeã brasileira regional, ela também foi a primeira mulher a conquistar o título dos Jogos Escolares da Juventude em 2018. A atleta integrou a seleção de base brasileira de judô, mas precisou interromper a carreira para cuidar da saúde mental.

“Às vezes, temos que ter limite. Eu precisava desse tempo para mim”, explica Ana, que dedicou dez anos de sua vida ao judô, com treinos intensivos e viagens constantes. “Chegou um tempo que fiquei sem ânimo, sem investimento, sem vontade e decidi parar. Nesse período, fiquei três anos fora de qualquer atividade física”.
O recomeço
Após um período de descanso e reflexão, Ana decidiu retomar os treinos há dois meses, respeitando os limites do seu corpo. “Mesmo depois de tanto tempo parada, queria sentir a adrenalina das competições, sentir de volta a sensação de estar onde sempre foi meu lugar”, afirma a atleta.

O judô como ferramenta de transformação
Para Ana, o judô é um esporte que transforma vidas. “Meu objetivo hoje é continuar fazendo o que eu amo, sem cobrança, mas feliz por estar ali”, declara. Além de seguir competindo, Ana pretende realizar o exame para faixa preta e dar aulas para crianças, compartilhando sua paixão pelo esporte e inspirando novas gerações. “Assim como minha vida foi transformada um dia, a delas serão também”, finaliza.
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