O COVID-19 é o assunto mundialmente mais comentado nos últimos meses. Até mesmo brasileiros que comumente não acompanhavam o noticiário com regularidade estão cientes sobre a pandemia instalada a partir da disseminação desse novo agente descoberto em 31 de dezembro de 2019, classificado como novo subtipo de uma família já conhecida, a dos Coronavírus, isolados em humanos, pela primeira vez, em 1937 e descritos com essa nomenclatura em 1965.
Dispensa-se detalhes, nesse momento, sobre a importância de manter hábitos saudáveis de higiene como a lavagem adequada das mãos realizada com frequência e regularidade, por exemplo, ou o isolamento social, as formas mais eficazes, respectivamente, para prevenção e contenção dessa infecção viral.
Ao menos dessa vez, não falemos também a respeito das estatísticas que envolvem os óbitos ou sobre os riscos envolvidos e que alcançam, principalmente (não exclusivamente), os idosos ou portadores de determinadas doenças crônicas.
Essas palavras iniciais de uma coluna que trata sobre SAÚDE no Bahia Notícia são dedicadas a um pedido singelo: vem pedir calma a cada leitor, a cada pessoa com as quais os leitores tiverem contato e puderem propagar essa mensagem.
Você já está suficientemente informado(a), sabe o que fazer agora e, caso haja modificação na conduta, na forma que devemos agir, isso chegará até você e poderá esperar um pouco. O que não espera e tem urgência é o retorno da tranquilidade ao seu coração, é o apaziguar da sua mente.
Somente por hoje, poupe-se dos noticiários que, em sua maioria, não citarão sorrisos de crianças quando brincam com seus pais nos lares em quarentena; não espalharão o quanto as pessoas têm aprendido com cursos on line disponibilizadas sem qualquer custo; não se aterão a falar dos cuidados que tantas pessoas têm tido com os idosos oferecendo-se, inclusive, para efetuar suas compras no mercado.
Somente por hoje, então, feche os olhos, respire profundamente e decida viver a vida em tempo presente, com o que aparecer no mais conhecido “ao vivo e a cores”.
Caso seja possível e você não seja uma das pessoas que trabalham na linha de frente de ação a favor da população durante esta pandemia, esteja realmente em casa: leia um livro dos que vinham sendo guardados para quando houvesse tempo – agora esse tempo existe, é todo seu; escute músicas que te deixam feliz, tranquilo(a); cuide das plantinhas da varanda (ou do quintal) com total dedicação somente àqueles instantes com elas; escolha um exercício que consiga praticar sem dificuldade, pode ser a dança orientada por vídeo; escreva, pinte, cante, descanse, viva!
E, se você atua na linha de frente, seja em mercado, farmácia, delegacia de polícia, padaria, posto de combustível, higienizando as ruas ou em hospitais e, portanto, necessita sair de casa, ocasionalmente, para contribuir também com trabalho nesse momento delicado, vá em paz. Tenha todos os cuidados necessários no decorrer do tempo que estiver fora e saia também para viver seu dia com a certeza da sua contribuição benéfica à sociedade.
Onde quer que esteja hoje, apenas por hoje, esteja integralmente e com postura confiante diante de tudo o que vem sendo feito pelas autoridades de saúde e, felizmente, tem sido somado ao apoio populacional majoritário necessário.
Se desvencilhe dos medos, das angústias, dos receios… Evite que perspectivas sobre o futuro estejam mais presentes nas horas do dia que se passa do que o minuto atual.
É um convite à calmaria de uma Médica e Nutricionista que, dentre outras atividades, também atua hoje na “linha de frente”, mas que, acima de tudo, é mãe, filha, amiga, colega de trabalho e sabe: os dias tem sido difíceis, sim, mas podemos (e devemos) decidir como nos comportar nesses dias para que, quando eles se forem, reste apenas história e aprendizado, não doenças de etiologia emocional.
Por: Jôze Paiva – Médica e Nutricionista.
Deixe seu comentário