No dia 3 de julho de 1972, o ‘tititi’ político de Salvador, com ACM governador, ganhou um gás novo. Enfim, o ferryboat fazendo a conexão entre a capital e a Ilha de Itaparica, viu o seu primeiro navio, dois anos depois de ter sido inaugurado por Luiz Viana Filho, o idealizador.
Era o Agenor Gordilho. Logo na sequência, veio o segundo, o Juracy Magalhães. Os dois ficaram esperando os ajustes finais até que em 5 de dezembro ACM fez a viagem inaugural.
O Agenor hoje está no fundo do mar, na Baia de Todos osSantos, em frente ao late Clube da Bahia, onde foi fundeado em novembro de 2020. O Juracy será fundeado nas cercanias no dia 21 de março próximo. Seria um fim inglório para as embarcações pioneiras do ferry?
DESTINO DECENTE
Maurício Bacelar, o secretário de Turismo do Estado, diz que é absolutamente o inverso.
- Qual seria o outro destino? Ser vendido a quilo e acabar derretido num ferro velho. No fundo do mar, preserva-se a história, cria-se um habitat para a vida marinha e ainda transforma Salvador na única cidade do mundo que tem tu
Maurício Bacelar: ‘A Bahia ganha nova atração única’: turismo de mergulho urbano.
Ressalva ele que no mix de 52 segmentos turísticos da Bahia, que vai de sol e praia, o lider na preferência, ao carnaval e ao lado religioso, o mergulho no fundo do mar cresceu 400% nos últimos tempos.
Claro que a prática é antiga. Sempre teve gente interessada em mergulhar para ver embarcações no fundo do mar. Mas aqui em Salvador, o mergulhador pode ir satisfazer suas vontades pela manhã e à tarde passear com a família.
No modelo tradicional tem que se pegar um barco e ir para o meio do oceano, o que demanda tempo e dinheiro.
EM CRESCIMENTO
Isso reforça a condição que a Bahia vive hoje, segundo o Ministério do Turismo, de líder nacional de crescimento no setor, especialmente no verão.
Maurício aponta também o enoturismo, ou a atração que o vinho exerce sobre as pessoas, como segmento que mais cresce. Mas tem também outro setor que vai indo de vento em popa, a observação de aves, na Chapada, no sertão e no litoral.
É óbvio que o cenário positivo é fruto de iniciativas bem sucedidas em vários se-tores e entre eles está o de mergulho, uma ideia nascida da cabeça de José Alves, secretário de Turismo no primeiro governo de Rui Costa.
Diz Bacelar que a aposta no afundamento dos ferries é sem dúvida algo muito futuroso. Até porque, com a chegada da ponte Salvador-Itaparica, o ferry vai ser história. Nada mais emblemá tico e simbólico que as estrelas do mergulho sejam o Agenor e o Juracy, os dois pioneiros do modelo que se finda.
Colaborou: Marcos Vinícius












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