O prefeito de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, Fernando Antônio da Silva Pereira (PSDB), mais conhecido como Tato Pereira, foi condenado pela Justiça Federal do Estado da Bahia, em ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), por improbidade administrativa e deverá pagar uma multa de R$35.000,00 mil.
A condenação de Tato foi publicada no dia 01 de fevereiro de 2018 na Justiça Eleitoral e motivada por uma ação civil pública proposta pelo MPF.
Na ação, o MPF aponta irregularidades em licitações realizadas em 2009, para contratação de construção e reforma de unidades escolares com aplicação de recursos do Fundeb. Além de pagar multa, os honorários da ação e responder processo de improbidade, Tato Pereira pode ser enquadrado na lei da Ficha Limpa.
Tato não terá vida fácil, após publicar no Diário Oficial do Município, no dia 08 de fevereiro diversos contratos e aditivos para tocar sua administração em 2018. O que chamou a atenção de alguns vereadores da oposição foram os valores e serviços a serem contratados pelo prefeito nesse ano. Só com a empresa “Cordeiro Comércio de Combustível” o prefeito estimou um gasto de 2.270.713,50 (DOIS MILHÕES DUZENTOS E SETENTA MIL SETECENTOS E TREZE REAIS E CINQUENTA CENTAVOS). Outro dado que impressionou os vereadores foram os contratos com a empresa “Gerico Transporte Turismo e Serviços” que levou três concorrências que somam mais de 2,6 milhões de reais.
O primeiro contrato de manutenção da frota automotiva com valor de R$ 806.400,00 (OITOCENTOS E SEIS MIL E QUATROCENTOS REAIS), outro para aquisição de peças e serviços automotivos que soma R$ 1.246.400,00 (UM MILHÃO DUZENTOS E QUARENTA E SEIS MIL E QUATROCENTOS REAIS) e o terceiro para prestação de serviços automotivos e manutenção da frota no valor de R$ 440.000,00 (QUATROCENTOS E QUARENTA MIL REAIS).
De acordo com o vereador e presidente da câmara, Júlio César (PSC), desde o ano passado os vereadores vêm cobrando dos órgãos competentes denúncias de fraude e manipulação nas licitações do município. “Conseguimos anular uma licitação no ano passado que estava claramente sendo manipulada. Uma empresa que tinha R$ 200 mil a menos na concorrência perdeu por uma armação, exigindo documentos que não constavam no edital. Outra irresponsabilidade foi com a suspensão do ônibus para o tratamento dos pacientes em Salvador alegando falta de combustível. Gastou um valor exorbitante e não tinha combustível para cuidar da saúde da população. Cachoeira estar vivendo uma situação de tristeza. O gestor vai gastar milhões na festa de 13 Março e os CAPS sem medicação?”, indagou Júlio César.
Por São Gonçalo News
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