Rui Costa (PT), governador da Bahia, foi mais uma vez incisivo em sua postura contra o governo federal e criticou os argumentos utilizados pela Anvisa na manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante entrevista que concedeu ao jornal da Globo News, para negar a análise da documentação para uso emergencial da vacina Sputinik V.
Rui reiterou que a Bahia espera que haja o estudo da eficácia da vacina, para assim o laboratório responsável pela Sputinik V, a Neo Química, possa ter formalizado o pedido de uso emergencial no Brasil, sem que haja a necessidade de realizar teste no país, ponto que é defendido pela Anvisa no comunicado ao Supremo para examinar o imunizante Russo.
“Queremos que a Anvisa se debruce, diga se a vacina é boa ou ruim, se vale ou não. Eles dizem que só terão condição de analisar após estudo; com isso a população demoraria anos para ter a vacina. Não entendo como analisar vacina em meio à uma pandemia coloca em risco à soberania nacional. Na minha opinião isso é não priorizar a vida humano. No Brasil, a minha percepção é de que estamos reféns de corporações”, disse Rui Costa.
O governador falou dos casos de países como a Argentina e o México, que já começaram o processo de vacinação com o imunizante da Rússia, sem que tenha sido realizado um estudo no país. Ele cita que o imunizante mais utilizado na China, do laboratório Sinofarm, que já imunizou mais de 15 milhões de indivíduos, se viesse ao Brasil, com essa decisão da Anvisa, não poderia ser utilizado, o que classificou como “absurdo”.
Deixe seu comentário